Só mais um cadinho de causos...
No post anterior tentamos subir uma rua pra irmos
até o mecânico..
Após várias tentativas frustradas, resolvemos ir
até a casa do mecânico chama-lo.
Ajusta aqui, ajusta dali e novamente tentamos
subir...nada! Tivemos que empurrar ladeira acima.
Estacionamos na casa do mecânico e o triste
diagnóstico: A embreagem tinha ido embora após tanto forçar..... ;(
Lembrando que o Zé era o único mecânico da região e
a cidade mais próxima ficava a 50 km...ficou uma facada o conserto, só não mais
caro porque tínhamos uma embreagem reserva.
E claro que o mecânico também não aceitava
cartão...
Tínhamos que ir a Trancoso – BA procurar por um
caixa eletrônico, porém o transporte público na vila tem horário restrito, tipo
passava um ônibus pela manhã e outro no período da tarde.
Então, resolvemos por o pé e o dedão na estrada e
tentar uma carona até lá.
Andamos alguns metros, eis que surge nossa primeira
carona, um trator, que estava indo pra uma fazenda poucos km a frente, e fomos
com ele..... que pessoa do bem, o motorista trabalhava em uma fazenda com
cultivo de cacau, não deu tempo nem de aprofundar o papo e já chegamos até o
destino dele, descemos e buscamos por outra carona.
Andamos mais um pouco, nenhum carro passava,
somente motos, eis que decidimos nos dividir, um rapaz em uma moto parou e a
Van pegou carona com ele.....
Uns minutos depois, eis que ao longe, Vini avista
um amigo da Kombi *-*.... Um Fusquinha vermelho, motor 1600, um cadin judiado
pela estrada de chão.
No caminho, o Fusquinha pegou a Van também, que ainda
estava de carona na moto.
O dono do fusca era um mecânico de
eletrodomésticos, estava indo fazer algumas visitas em clientes no caminho de
Trancoso e nos deixou numa auto peças e indicou onde teria o caixa eletrônico.
Compramos algumas peças pra Gertrudes e fomos a
procura de caixa eletrônico...que por sinal ficava dentro de uma loja que
estava prestes a fechar.
Perambulamos pela cidade atrás da loja e sim, já
estava fechada! Maaas, os funcionários estavam saindo, rolou uma conversa e
deixaram que usássemos o caixa.
Pronto, hora de voltar a estrada...novamente de
carona porque o ônibus seria só no final da tarde.
Pegamos uma carona com um rapaz que estava levando
um cavalo a uma fazenda e que nos adiantou boa parte do caminho. Continuamos
andando até que outra carona com um moço sério, mas muito gentil...nos deixou
ainda um vilarejo antes.
Andamos, andamos de novo sem sinal de carona...até
que uma moto nos parou e quem era?
A mesma moto que havia dado carona pra Van na ida
até Trancoso haha...foi a frente levando as peças ao mecânico.
Vini ainda andou cerca de uns 5km até que
conseguisse a próxima carona, também numa moto.
Zé mecânico já tinha feito a manutenção na
Gertrudes, mas ainda faltava uma peça para que ficasse filé. Mas, como tudo
ainda pode acontecer...hahah a peça que compramos não funcionava. Sim, não
funcionava.... L
Aparentemente Gertrudes estava funcionando optamos
em arriscar ir a cidade trocar a peça e futuramente mexer novamente nela. Como
já estava tarde e a estrada que sai de Caraíva não era lá muito boa, ficamos
mais um pouco na casa do colega mecânico.
Como já estávamos por ali e apesar de toda a
tensão, fomos “explorar” a vila de Nova Caraíva e recomendaram o rio (já que num
rolava grana para pagar o barco para voltarmos a Vila de Caraíva).
Sensacional...com direito a pôr do sol e a visão do
rio encontrando o mar.
Nova Caraíva é uma espécie de “puxadinho” de
Caraíva, a vila foi crescendo, crescendo e atravessou o rio. Por estar mais
afastada não conta com tanta estrutura turística, tem alguns bares e algumas
mercearias, uma padaria e um posto de gasolina. Mas, tudo com uma valor super
acessível em relação ao outro lado do rio.
Já no domingo pela manhã, tudo pronto para pegarmos
a estrada novamente...
A Gertrudes andou cerca de 500mts e parou! Não, não
é brincadeira...ela engasgava, engasgava e não andava.
A passo de tartaruga voltamos ao mecânico que em
pleno domingo claroooo, tirou o dia para pescar...rsrs
Passamos mais uma noite na casa do Zé...
Na segunda de madrugada, dispostos a pegar o primeiro ônibus para Trancoso e trocar a peça, embarcamos as 5h40 numa Kombi que fazia esse trajeto.
Ai que invejinha...aquela Kombi passava pelos buracos da estrada a todo vapor e a gente só pensava como a Gertrudes sofreria nesse percurso.
Na segunda de madrugada, dispostos a pegar o primeiro ônibus para Trancoso e trocar a peça, embarcamos as 5h40 numa Kombi que fazia esse trajeto.
Ai que invejinha...aquela Kombi passava pelos buracos da estrada a todo vapor e a gente só pensava como a Gertrudes sofreria nesse percurso.
Chegamos em Trancoso antes das 8h...esperamos,
esperamos e a loja abriu. Mas, o vendedor não tinha outra peça pra repor e nem
o dinheiro pra nos devolver, como tinha acabado de abrir não tinha nada no
caixa.
Optamos em ir até a praia conhecer enquanto o caixa
do moço tivesse uma grana.
Com certeza Trancoso merece um repeteco também, no
entanto como estávamos envolvidos numa tensão absurda nem pudemos aproveitar
como queríamos. Só olhamos, tiramos umas fotos pra não passar batido.
Retornamos e pegamos outras peças que poderiam
“auxiliar” na manutenção da Gertrudes e fomos atrás de outra loja.
Só achamos moto peças e recebemos indicação de
outra auto peças a margem da estrada.
Fomos andando, pois haviam indicado cerca de 1km à
frente...chegamos a loja e também não tinha a peça.
Ok, optamos em retornar pro mecânico e arriscar com
as peças que tínhamos.
Voltamos a estrada pra pedir carona, ainda era pela
manhã e o próximo ônibus de retorno era apenas as 14, perderíamos muito tempo
esperando.
A estrada que dá acesso a Trancoso é de asfalto e
tem cerca de 8km, até o trevo onde inicia a estrada de terra, e que leva à
Caraíva.
Nenhum motorista parou... sério, nenhum mesmo.
Passou caminhão, carro, moto... tudo!
A estrada não tem uma arvorezinha sequer e estava aquele solzão delícia. Foram mais 8km pra conta...
Paramos no trevo falecidos e esperamos uma carona, nesse ponto é mais fácil porque tem um trânsito maior de moradores da região.
A estrada não tem uma arvorezinha sequer e estava aquele solzão delícia. Foram mais 8km pra conta...
Paramos no trevo falecidos e esperamos uma carona, nesse ponto é mais fácil porque tem um trânsito maior de moradores da região.
Mas, não contávamos que outras pessoas também pegam
carona ali (bobinhos) rs..tínhamos concorrência hahaha..
E sabe o que é melhor? É que quem tem Kombi tem um
coração enormeeeee e nossa nova carona foi novamente uma Kombi escolar, e o
melhor é que coube todo mundo, nós e um casal com uma criança que também
aguardavam.
Chegamos a um vilarejo antes do nosso destino varados
de fome. Paramos num lugarzinho com PF baratinho. Compramos uma quentinha e
comeríamos ao chegar no mecânico. Não queríamos parar e atrasar mais.
Não sabemos ao certo a distância entre esse
vilarejo e Nova Caraíva, mas optamos em ir caminhando até que uma carona
surgisse.
Só que no meio do caminho tinha uma arvore e um
banquinho embaixo...tão seduzentes rsrs...resolvemos parar e aproveitar que a
marmita estava quentinha rs.
Ok, ok...comemos e pé na estrada. Nesse trecho tem a praia dos espelhos que todos da região dizem ser linda, muito linda. Consequentemente tem bastante turista, por isso tem um fluxo razoável de carros, ônibus e vans pra lá e pra cá.
Ok, ok...comemos e pé na estrada. Nesse trecho tem a praia dos espelhos que todos da região dizem ser linda, muito linda. Consequentemente tem bastante turista, por isso tem um fluxo razoável de carros, ônibus e vans pra lá e pra cá.
Apesar dessa boa quantidade de motoristas a carona
não é fácil. Não sabemos dizer o motivo, mas turistas não dão caronas. Todas as
caronas que pegamos foram de moradores que já estão acostumados a parar.
E assim foi novamente...uma S10 nos cedeu carona e
dividimos espaço com um ar condicionado na caçamba rs.
Ela entrou pra praia dos espelhos e nós
continuamos...
Detalhe um pouco mais a frente tinha um carro
parado (mesmo carro que lá atrás recusou dar carona alegando que não cabia). A
bordo tinha 4 senhores, aparentemente turistas e conversavam com duas garotas
bem jovens a beira da estrada, ofereciam carona...
Nós continuamos a pé...continuamos pedindo carona
pra todos, exatamente a todos que passavam, e nada.
Andamos 15 kms em estrada de chão...Vini até aprendeu a conduzir gado hahah.
Andamos 15 kms em estrada de chão...Vini até aprendeu a conduzir gado hahah.
No caminho tinha um carro batido com a dianteira
toda amassada.
Estava parado bem próximo de uma curva sinistra e
com um buraco enorme nas laterais...provavelmente houve um acidente por ali.
Já chegando na casa do Zé avistamos um guincho e
por curiosidade o paramos para perguntar quanto que ficaria um possível guincho
da Gertrudes até Trancoso....vai que.
Pra nossa surpresa o Zé mecânico estava no guincho
indo socorrer aquele carro batido na estrada.
Informou que tinha feito os ajustes na Gertrudes e
garantiu que ela estava boa pra estrada...mas, que de qualquer forma iriamos
encontra-lo novamente pelo caminho e caso necessário nos auxiliaria.
Sem perder tempo corremos e ajeitamos a bagunça,
saímos da garagem andamos devagarinho e passamos a linha dos 500 mts,
comemoramos.
Andamos mais uns 2 kms e comemoramos, conversamos um pouquinho com a Gertrudes...pedimos desculpas por ter abusado dela, pedimos compreensão e num é que ela entendeu?!
Andamos mais uns 2 kms e comemoramos, conversamos um pouquinho com a Gertrudes...pedimos desculpas por ter abusado dela, pedimos compreensão e num é que ela entendeu?!
Só que mais à frente haviam 2 ladeiras críticas,
apesar de conhecer o potencial da Gertrudes, sabíamos que estava debilitada.
A 1ª ladeira não conseguimos de cara...mas com um
pouco mais de esforço e jeito ela subiu. Na 2ª ladeira...(havíamos ouvido
comentários de que era uma subida bem temida pelos motoristas da região,
principalmente em dias de chuva), mas fomos com a cara e a coragem.
Não foi na 1ª tentativa, nem na 2ª. Ficamos tensos
porque a medida que tentávamos subir, também sabíamos que não poderíamos forçar
por conta da embreagem, e porque tinha um barranco na esquerda e na direita uma
valeta gigante e um morro...a Gertrudes derrapava, mas se mostrava esforçada.
Pedíamos pra nenhum carro surgir nesse momento, já
tínhamos visto como os motoristas andavam por ali.
A Van desceu da Kombi e calçou os pneus traseiros,
e foi mais umas duas tentativas e zaz....ela subiu \o/
Enfim, a bolha que tinha em volta de Nova Caraíva
nos permitiu sair.
Apesar de ser uma região linda (pelo pouco que
vimos) não pudemos explorar mais. Saímos de Nova Caraíva com uma pressa
absurda, mas pressa de chegar em lugar nenhum, porque no fim nem sabíamos pra
onde iriamos, nós só fomos.
Até mais...
Até mais...
\o/
ResponderExcluirAmo muitoooo
Vam, Vine Gertudesssss quero mais contos e encamtosssss ♡♡♡♡♡
Que Deus abençoe a caminhada se oceis ♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡♡
pode deixa.... histórias é o que não nos falta :)
ExcluirHaaaa muito boa a história, q sufoco... Bjsss
ResponderExcluirGertrudes ficou preguiçosa de repente...rs
ExcluirEita quanta emoção.... !!!!!!
ResponderExcluirAí meu coração...rsr
ExcluirSó kombi mesmo! Esta Gertrudes é uma guerreira! Boas estrades e felicidades!
ResponderExcluirQuem tem Kombi sabe bem..... pode passar sufoco mas o amor só faz aumentar
ExcluirMuito Obrigado!
Gratidão _/\_
Que peça complicada de achar foi essa??
ResponderExcluira princípio, o primeiro diagnóstico acusou o comando da ignição eletrônica....
Excluirmas ainda tem muita história pra esclarecer o defeito :)
Que tenso. Não desistem não....
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