Quando acordamos, preparamos o café e
ajeitamos a Kombi para irmos comprar os materiais para o brigadeiro.
Na avenida, encontramos outra loja de
artigos de festa e muito mais em conta que na loja que estávamos comprando
anteriormente.
O dono ficou curioso e começou a perguntar
e sugerir outros materiais, Van começou a contar sobre a viagem e como a venda
dos brigadeiros nos mantinha no caminho.
Rolou um desconto bacana e já sabíamos onde
voltaríamos nas próximas compras.
Ah e sobre a Gertrudes, durante esses dias
entre idas e vindas para Palmas, Taquaruçu e arredores, percebemos que o
consumo de combustível estava absurdo, cerca de 7kms por litro. O que tornaria
um grande sacrifício o próximo trecho da viagem.
Resolvemos consultar um mecânico que ficava
próximo do posto que estávamos estacionados e informou que não mexia em
carburadores e nos indicou outro mecânico, fomos até lá e contamos todo o
problema que a Kombi tinha enfrentado e sugeriu algumas hipóteses (velas,
carburador e válvula), mas para que pudesse dar aquela “olhadinha” ficaria pela
bagatela de 150$.
Que isso amigo, a gente tá pastando aqui
para juntar o dimdim do botijão e do combustível.
Bom, por menos de 100$ eu não consigo
mexer.
Acordamos que verificaríamos o resultado
das vendas no fim de semana e o procuraríamos na segunda.
Estávamos cientes que a Gertrudes precisava
de uma mexidinha para retomar sua capacidade total, e que não poderíamos adiar
isso. Mas, que era dinheiro pra caramba, era.
Era hora de redobrar os esforços de
vendedores haah.
Retornamos para o posto e aproveitamos o
sinal de wifi, atualizamos o blog e almocinho.
Como era sábado, aproveitaríamos uma
apresentação de circo que aconteceria em Taquaruçu, passaríamos o fim de semana
por lá, pois na segunda Van faria um exame.
Antes de seguirmos, abusamos mais um pouco
da estrutura do posto, lavamos a louça, tomamos um banho e armazenamos água
gelada rs.
Abastecemos e seguimos para Taquaruçu, o
caminho para a cidade é muito bonito e surpreende a cada vez que o percorremos.
Chegamos no fim da tarde e na praça já
começavam a montar as barracas de comidas, a medida que o palco começava a ser
preparado para o circo.
Fomos até a Carlinha, mas não estavam em
casa. De qualquer forma estacionamos por ali e seguimos para a praça, e já
tinha um bom movimento.
Vini começou a conversar com o pessoal e os
brigadeiros pouco a pouco iam saindo, garantindo alguns quilômetros a mais de
viagem.
Pela praça algumas pessoas expunham
trabalhos de artesanato e um deles se interessou pelos brigadeiros para suas 2
filhas, rolou uma troca por um item de artesanato, que levaríamos como
lembrança na cidade.
O espetáculo de circo iniciou, e paramos
para assistir. Era uma companhia de Porto Alegre que estava se apresentando
pelo norte do Brasil, com o Circo de Horrores e Maravilhas.
A plateia estava cheia e todos vidrados nos
movimentos da apresentação, inclusive nós rs.
Término de apresentação, aproveitamos o
movimento, mas o interesse pelo “docinho” começou a diminuir e também o fluxo
de pessoas.
Como já tínhamos vendido além da nossa meta
e já estávamos famintos, voltamos para a Gertrudes e requentamos o almoço.
Demos uma ajeitadinha na bagunça e
dormimos, nem chegamos a ver se a Carlinha e Fernando haviam chegado.
Acordamos e preparamos um café na Kombi,
Van foi procurar pela Carlinha que estava de saída com a Açucena para leva-la
para andar de bicicleta, Sussu estava toda equipada na bike de rodinhas,
capacete e joelheiras...só faltava a coragem em pedalar rs.
Enquanto andavam de bicicleta, tomamos café
e depois as encontramos na varanda, proseamos um pouco sobre a região e ela
comentou que Fernando foi fazer uma prova que levaria o dia todo, só o
encontraríamos no período da noite.
Relatamos como ficamos encantados com a
cidade e o movimento na praça na noite anterior.
Aparentemente a cidade tem a veia cultural
bem aflorada, muitas famílias estavam prestigiando a apresentação e Carlinha
comentou que optaram em se mudar para Taquaruçu após a chegada da Açucena,
por ser uma região mais tranquila.
Carlinha começou a preparar o almoço e a
Van um cuscuz para acompanhar, pós almoço e aquela preguicinha bateu.
Ficamos pela varanda até que um casal de
amigos chegou a casa e convidou para irmos a Cachoeira da Roncadeira, apesar de
estarmos ansiosos para conhecer, não poderíamos naquele momento, pois logo
prepararíamos os brigadeiros para irmos à praça.
Açucena logo estava pronta para banhar rs e
se foram.
Enquanto lavávamos a louça do almoço, a Ju
que nos recebeu em São Félix apareceu haha, eita saudade braba.
Que nada, ela estava iniciando uma viagem e
havia acabado de chegar do Jalapão com destino ainda incerto.
Conversamos um pouco e preparamos os
brigadeiros, a deixamos em casa e fomos a praça.
Para nossa surpresa estava lotada, com
muito mais pessoas do que na noite anterior que teve apresentação.
Em pouco tempo Vini já havia vendido uma
boa quantidade e arrecadado ótimas dicas de lugares para conhecer na região e
que não são indicados pelo CAT.
Informaram que inúmeras propriedades
possuem cachoeiras, mas os donos não abrem para o público, mesmo que seja sob o
pagamento de taxas de manutenção. Agora sim entendemos.
Vendas finalizadas, voltamos pra casa e
finalmente encontramos o Fernando, que por todos esses dias em que estivemos em
sua casa, saia cedo e voltava tarde do trabalho.
Todos na varanda, com causos de viagem,
dando pitacos no roteiro da Ju de ir até o Peru, discutindo sobre a situação do
Tocantins pelo agronegócio, assuntos a perder de vista.
Pudemos conhecer a Ester, que os amigos da
Cia Pé de Cana nos sugeriram como figura a ser conhecida.
Ester é palhaça e está à frente do Ponto de
Cultura que fica na Cachoeira da Roncadeira.
Como já havíamos percebido por todas as
pessoas que conhecemos em Taquaruçu, o lado artístico pulsa fortemente.
Bom, apesar da boa prosa e das grandes
trocas, estávamos com aquele sono que gente idosa nos entende haha, fomos
dormir.
Infelizmente acordamos com o celular
despertando, já tínhamos perdido esse costume, mas foi por uma boa causa, íamos
a Cachoeira finalmente.
Entramos na casa e Ju já estava acordada
com o café a postos, logo toda a casa acordou e tomamos café juntos.
Nos preparamos para ir a cachoeira e
convidamos a Ju, que aceitou. Bora lá!
A cachoeira ficava na descida da serra,
aquela por onde passamos e na curva quase deu ruim.
Subimos tranquilos e sem pressa, logo
chegamos sem muito esforço da Gertrudes.
Na entrada, aquela taxa de 10$ e as
orientações da trilha até a queda da cachoeira, como a Ju já conhecia, fomos tranquilos.
De cara uma baita escadaria, com uns
degraus que desagradaram o joelho da Van rs. Após a escadaria uma trilhazinha
bem demarcada e bem sombreada. Só o caminho já fascina.
Todo o percurso tem pouco mais de 1km, e
alguns metros de chegarmos a Roncadeira, tem uma outra cachoeira a esquerda a
do Escorrega Macaco, que deixamos para conhecer no retorno.
Chegamos a tão famosa Roncadeira, uma queda
bem alta e o entorno surpreendente.
Infelizmente o Sol ainda não havia chego
ali, e soubemos que a água é bem fria. Faltou coragem para enfrentar a queda.
Ficamos admirando, admirando, andando no
entorno, molhamos os pés, joelho até que finalmente vimos uma fresta de Sol e
tomamos coragem de entrar de vez e depois se aquecer no Sol.
Realmente a água congela, em determinado
momento você deixa de sentir os dedos e para de se mexer para a água não te
congelar por completo hahaha.
Ficamos ali por um tempo, nos aquecemos,
banhamos e vice versa. Era hora de voltarmos e paramos na cachoeira do
Escorrega Macaco, tão gelada quanto. Van não se arriscou dessa vez hahah.
O poção dessa é bem menor e para mergulho é
inviável, mas a queda garante uma boa massagem nas costas.
Já com o Sol cozinhando retornamos pela
trilha e a baita escadaria.
Van estava um pouco apressada, pois tinha
um exame no posto de saúde.
Passamos pela casa da Carlinha, Van tomou
uma ducha, se despediu de todos, pois após o exame seguiríamos para Taquaralto,
onde as vendas eram melhorzinhas.
Fomos ao posto, o atendimento foi bem
rápido e pegamos a via.
Impressionante como o clima muda em cerca
de 16kms, Taquaruçu tem um clima delicioso de serra, rola aquele Sol e calor
durante o dia com uns ventos para aliviar e a noite aquele geladinho que não te
deixa agoniado.
Mas, chega em Taquaralto nossa o Sol desce
na Terra.
Deixamos os brigadeiros prontos a tempo de
esfriarem para a venda a noite.
Enquanto ajeitávamos algumas coisas na
Gertrudes, a Ju estava a nossa procura por Taquaralto, indicamos o posto e
quando menos esperamos, eis que surge.
Ela já havia se decidido quanto ao destino
e aguardaria o horário do ônibus ali conosco.
Proseamos um pouco sobre o trecho que
viajaria, e sobre nossos próximos destinos.
Já no nosso horário, tomamos um banho
ajeitamos a Kombi e lá fomos nós, demos uma carona pra Ju até a praça de
Taquaralto, pois de lá seguiria para rodoviária.
Novamente nos despedimos, rs...sabendo que
em breve nos revemos.
Vini partiu pra venda, mas havíamos chegado
cedo e o movimento ainda estava fraco. Na segunda feira anterior a praça estava
lotada e a venda foi rápida.
Bom, as horas foram passando e as vendas
seguiam devagar...apesar de a fome já bater na porta, tínhamos que finalizar
todos os brigadeiros, pois do contrário teríamos que estender nossa estadia
pela região para completarmos o valor do mecânico e da gasolina.
Com um pouco mais de insistência, começou a
dar certo.
Vini proseava com os clientes a medida que
se interessavam pela história e queriam contribuir. Inclusive comentaram que na
região há diversos donos de carros antigos, mas que os deixam na garagem, vez
ou outra que saem para exposições ou no encontro anual. Uma pena, a rua deveria
ter esses carros transitando rs.
Bom, meta atingida, retornamos ao nosso
pouso no posto de gasolina e estávamos mortos de fome e com sono. Logo, a
comida teria que ser rápida.
Van aproveitou uma sugestão da Carlinha de
preparar uma “farofa” de cuscuz com feijão, unimos o útil ao agradável, rápido
e provavelmente delicioso.
E assim foi, realmente o preparo rápido e ficou muito bom, além da boa sustância que o cuscuz dá ahahah. Mesmo
sem arrumar nossa bagunça fomos dormir.
Calmem, que logo acertamos nosso "diário" hahah, até mais...
Seus lindos...que lindo lugar........bjus
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