quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Bem vindo à Salvador!!


Viu...

Depois da adaptação com o trânsito de Salvador, descansamos um bucado na casa dos pais da Van...e satisfeitos por ter chegado a tempo pro seu aniversário.

Pra quem passou dias pela costa brasileira..naquela paz sem igual e de repente dar de cara com uma cidade grande é um susto. Mas, o povo é muitooo acolhedor...o que facilitou a transição rs.

Estando aqui foi nossa vez de turistar...a princípio fomos nos locais mais turisticos mesmooo, visitados por todos que chegam por aqui.

Praia da Boa Viagem, Farol da Barra, Elevador Lacerda, Pelourinho e Mercado Modelo...inclusive onde almoçamos pra comemorar o niver da Van.










Bom, depois de turistar é hora de iniciar os trabalhos...desde colocar o projeto em prática, como trabalhar pra bancar nossos gastos por aqui.

Primeiro fomos conhecer o bairro e pesquisarmos a respeito.
Pirajá é um bairro no subúrbio de Salvador, rico em história, pois aqui aconteceu diversos confrontos visando a independência da Bahia.

Inclusive há uma praça, conhecida aqui como Largo Labatut onde está os restos mortais do General Pierre Labatut, combatente da independência.

Pronto, lição de casa aprendida rsrs...mãos a obra. 

Aproveitamos o grande movimento da Praça Labatut e decidimos que venderíamos umas guloseimas por ali. Fizemos bolos no pote e doces no copinho...aparentemente novidade na região, pois não vimos ninguém vendendo.



E não é que conquistamos clientes?! 

Já no primeiro fim de semana, com as guloseimas em mãos e disposição pra contar sobre o projeto e nossa trajetória até aqui, um dos clientes indicou as escolas da região que poderíamos procurar para aplicar o projeto. 

Lembrando que antes de irmos à escola, fomos até a Associação de Moradores da região e fomos recusados :(

O responsável alegou que já estavam em vias de iniciar um projeto com a prefeitura...okok. 

Aproveitando a dica do amigo e cliente da Praça, fomos ao Colégio  Alberto Santos Dumont.

Projeto em mãos, disposição a mil e muitas novidades...conversa vai, conversa vem... e yes! nós temos uma escola hahah

Na verdade foi uma troca, nós teríamos nossa primeira experiência com o projeto e a Diretora Kátia nos sugeriu uma horta, visto que já tiveram esse espaço, mas que não teve continuidade.

Bacana que não teríamos que alterar o cronograma escolar, ou propor aos alunos uma esticadinha no horário das aulas. Essa escola conta com o Programa Mais Educação, iniciativa do Governo Federal e que visa a Educação Integral, com atividades em diversos campos, inclusive a educação ambiental. Contudo, a escola havia perdido o oficineiro nesse campo.
Ótima oportunidade para desenvolvermos um trabalho. 

Iniciamos conhecendo a turma e nos apresentando, assim como nossa proposta.



Tínhamos a frente uma turma com cerca de 30 crianças com idades entre 10 e 15 anos. 

Já tínhamos novidades, pois a princípio formulamos o projeto com um grupo de no máximo 15 crianças na faixa etária de 7 à 14 anos.

Desafio aceito, seguimos em frente.

Nossos encontros ocorreram às quintas no período da manhã, com 1h30 de duração.

Quanto aos participantes...ahh os participantes rs. Talvez por não estarem em período de aula formal, tinham maior liberdade em sala...e dificilmente dois desconhecidos conseguiriam total atenção de toda a turma.

Mas, até que nos saímos bem e também conseguimos conquistar a participação deles.



Enquanto o projeto rolava durante a semana, buscávamos alternativas de trabalho em paralelo.

Tentamos vender sushi na praia (sim sushi). Até parecia uma boa idéia...mas, depois soou bizarro hahah...Sushi na terra do acarajé?

Tentamos também panos de prato...maaaaas, morreríamos de fome se dependêssemos disso rs...não levamos jeito.

Bora voltar pra rotina né?! Todos os fins de semana no Largo com a bandeja de doces e os clientes assíduos.

Vez ou outra as vendas eram baixas, o que nos preocupou e voltamos a procurar outras oportunidades. Até que Vini arrumou trabalho numa guarderia de pranchas de Stand Up Paddle na praia de Porto da Barra (aliás lindaa!!).


De inicio trabalho invejável, de frente pro mar, por do sol lindo todos os dias, esporte sensacional, horário de almoço remando. Maaaas, como nem tudo são rosas rsrs...Por falta de funcionários na loja, Vini teve que assumir 2 turnos, trabalhando cerca de 12 horas por dia. 


Uallll, tá ganhando bem! #SQN

Na verdade recebíamos mais vendendo bolos/doces do que 2 turnos de trabalho, visto que recebia por comissão.

Ficou inviável, não tínhamos tempo para planejarmos o projeto e até para nos vermos (era de 2ª a 2ª).

Enfim, não rolou! Mas, valeu a experiência...nas próximas praias Vini já pode ensinar os turistas a remar hahaha

Ajustamos as velas e retomamos nosso rumo.

Os dias passando e a gente observando os costumes de uma região diferente pra nós.
Identificamos a pouca ou ausente consciência ambiental, vimos o uso desenfreado de água, a quantidade de lixo jogado no chão, não há coleta adequada de lixo (há locais em que o caminhão não passa). 
Talvez o contexto seja diferente em regiões centrais de Salvador, mas como nossa maior observação foi em bairros afastados e o nosso público era desses bairros, focaríamos nessas demandas.

De volta a escola, o desenvolvimento estava quase de acordo com nossas expectativas, já tínhamos abordado questões de reconhecimento dos espaços públicos e possíveis de interação com a natureza na região, descarte adequado do lixo, reuso e reciclagem e nos preparávamos para encerrarmos com a elaboração da horta.

Enquanto isso, namorávamos os lugares lindos que a Bahia têm...e que não rolava conhecer por detalhes ($) rs.

Até que no meio do caminho tinha um feriado, um festival de reggae, uma carona mega boa com um casal massa, pra um lugar mágico \o/

Lá vamos nós para o Vale do Capão - BA, na região da Chapada Diamantina.


Sim, é um lugar surpreendente...o casal que nos deu carona Nath e Marcos, simplesmente nos adotaram. Ficamos no mesmo camping e nos levaram a todos os lugares bacanas de se conhecer em tão pouco tempo.


Fomos a Cachoeira Águas Claras, Riachinho, Rio Preto e Rodas...até queríamos conhecer a Cachoeira da Fumaça, tão famosa na região. Mas, estávamos em época de seca e os moradores indicaram enfrentar a caminhada no período das cheias. 













Não seja por isso, voltamos em breve rs.

Inclusive nos presenteia com pessoas do bem..eis que conhecemos a Patricia, curitibana apaixonada pelo Capão. E esse dog, que virou melhor amigo do Vini...rs



Quanto ao festival, só assistimos o 1º dia. Porque? Dormimos...sim, estamos velhos...nos julguem! hahah

A vila é encantadora, as casinhas são um charme. Por toda a vila há pinturas de um artista chamado Salomão, são de encher os olhos. Deixam o visual mais colorido e retratam a cultura local.



 Aos domingos pela manhã acontece a feira livre, com oferta de frutas/verduras/legumes, artesanato, comidinhas locais (inclusive veganas).


Aproveitamos o que foi possível, mas era hora de voltar. Optamos em retornar um pouco depois de Marcos e Nath...como? Pé e dedo na estrada.

Apesar de termos notado que a carona acontece de forma intensa na região, nos preocupamos pois seriam quase 500kms até Salvador e boa parte dos turistas já haviam deixado a vila.

Saímos bem cedo do camping e caminhamos pouco pela estrada de terra até que a primeira carona aconteceu, mesmo que para a próxima cidade. As próximas caronas foram também rápidas e cheias de histórias rs.







Chegamos em Salvador no inicio da noite...acabados pois, a ultima carona foi nada menos que uma carreta. 


No dia seguinte, mãos a obra...fomos a escola já dispostos a iniciar a horta, mas não teve aula.

Enquanto isso, pesquisávamos quanto a continuidade da viagem e perambulando pelo facebook em grupos de viagens vimos alguns comentários quanto a trabalho em praias na alta temporada.

Conversamos com algumas pessoas a respeito e decidimos que apostaríamos em trabalho no verão.

Antes, vamos deixar as coisas em ordem em Salvador certo?!

Ahhhh, importante registrar que em Salvador há a irmã mais velha da Gertrudes...outra kombi do amigo Maicon, conhecemos por intermédio de Marcos.
Maicon e a namorada também planejam preparar a kombi e a vida para embarcarem na aventura de viajar o Brasil e os países vizinhos.

O encontro das irmãs foi motivador e a troca de histórias foi enriquecedora. 





Ficamos radiantes de saber que outras pessoas compartilham desse sonho. 

Enquanto isso...no projeto.

Na próxima semana retornamos a escola e fomos ao local em que a horta seria feita. Sem condições, o terreno estava com muito mato. Seria necessário toda a limpeza do espaço, tratamento da terra e isso levaria mais tempo e mão de obra para mais pessoas (o terreno é enorme).

A escola não conta com funcionários sobressalentes e que poderiam fazer esse serviço de limpeza, geraria um grande volume de lixo e seria inviável acionar a prefeitura em pouco tempo.

Diante disso, ofertamos a confecção da horta suspensa, que contemplaria a escola e nosso projeto.

No próximo encontro com os materiais em mãos, disposição e a curiosidade da criançada...bora pra terra.







Foi um sucesso! 

E assim se encerrou nosso ciclo no Colégio, agradecemos a diretora Kátia que nos cedeu a oportunidade, o espaço e nos confiou esse período com seus alunos.

Agora de mochila e barraca, agora vamos em busca de trabalho no verão, infelizmente sem a Gertrudes :(

Aproveitaremos que ela tem onde ficar nesse período, com certeza nos deixa mais tranquilos.

Retornaremos com a Gertrudes próximo do inicio do ano letivo, a fim de encontrarmos uma nova escola e um novo desafio.

Salvador até logo, em breve novidades!

Gratidão _/\_







quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Fluindo...

Saímos de Itacaré, mas com aquela vontade de esticar mais uns dias.

Seguimos pela BA - 001, a essa altura pelos perrengues que a Gertrudes passou não queríamos extrapolar, aí que o google nos ajudou...pesquisando as cidades que passaríamos e encontramos o tal FerryBoat.

Bora, descobrir o que é, porque aparentemente economizaríamos 1 dia de viagem. Decidido...seguiríamos para Salvador pelo FerryBoat e não pela BR. E porque?

Pensamos, se fosse pela estrada seriam mais uns 300kms pra conta...e na situação incerta da Gertrudes, resolvemos poupa-la. Inclusive o valor pelo FerryBoat (uauuu) mais em conta do que a gasolina rsrs.

Então, pé na estrada esse trecho da BA - 001 é bom, tem lá seus buracos, mas nada grave. Não tem aquele fluxo intenso de carros/caminhões...nos deixou mais tranquilos em dirigir naquela velocidade delícia de aproveitar tudo. 

Assim, no meio das curvas da estrada encontramos um casal pedindo carona...ela estava gravidinha <3 e ambos iam a um local mais a frente negociar um terreno, onde futuramente iniciariam permacultura. 

Se o casal estiver acompanhando o blog...desculpas, mas não lembramos seus nomes (vergonha).

Lembramos da história que viajaram a Tailândia de moto (uauuuuu) hahah e agora estão com esse projeto lindo. Esperamos que tudo tenha dado certo e que o projeto já esteja a todo vapor.

Deixamos o casal e seguimos.

Estávamos sentido a Valença que também dá acesso ao Morro São Paulo...não, nós não fomos até lá. A grana nos faltou e a vontade aumentou...mas, como estamos próximos, ainda há tempo.

Só passamos por Valença e aparentemente é uma cidade "ponte", enquanto andávamos pela cidade as pessoas de bicicleta seguiam a Gertrudes ofertando passeios para vários destinos próximos e que são feitos de barco.

Como não nos cabia, só demos uma paradinha pra comer, tínhamos cozinhado em Itacaré o suficiente pra almoçarmos...eis que um moço numa moto nos seguiu e parou ao nosso lado.

Começou a questionar se já tínhamos passado por aquela cidade há cerca de 2 anos, pois ele se lembrava de um casal numa Kombi muito parecida, e que eram missionários. Tinham feito um culto na casa de uns conhecidos...e mesmo explicando que não eramos nós, ele insistia...okok. 

Nos desejou boa viagem e seguiu a sua...

Alimentados, vamos que vamos pois ainda tínhamos intenção de embarcar no FerryBoat até o fim da tarde.

Seguimos direto sem parar em nenhum outro lugar...até passamos por algumas cidades que valeriam uma parada. Mas, não rolou...


No meio do caminho tinha uma ponte...cara que visual. Ficamos impressionados...a Ponte do Funil que liga o Continente à Ilha de Itaparica.

Enfim, em Itaparica, a estrada liga uma ponta a outra da ilha em uma reta só. Vez ou outra você consegue dar uma espiada nas praias da ilha. Inclusive tem a praia Acapulco...(lembramos do Chaves) hahaha, bateu maior vontade de conhecer, mas vamos focar né?!

E só pra ajudar a curiosidade pela Ilha só aumentou porque tinham várias placas indicando a direção para Cacha Pregos...no RJ essa expressão indica distância (tipo um lugar muito longe)...hahah. Também não fomos....mas, fica na listinha.

Estrada, estrada...até paramos pra perguntar se estavamos no caminho certo, porque a outra ponta da ilha nuncaaaa chegava...
Finalmente o FerryBoat \o


Pagamos R$ 45,00 por cerca de 1h10 até Salvador...a visão do alto da embarcação é linda. 







Reparamos que a embarcação que faz a travessia até Salvador, além de aparentar ser bastante nova, derrama muito óleo no mar, o que é uma pena, e que agride rigorosamente o Meio Ambiente.


Estávamos aliviados..queríamos só estacionar a Gertrudes e deixar a bonita descansar.



Chegamos em terras Soteropolitanas e...o CAOS nos recebeu. 

Genteeeeee, o que é o trânsito daqui ?! :o

No meio de buzinas, fechadas, palavrões achamos o caminho até a casa dos pais da Van, cerca de 20 min do FerryBoat. 

Ufa! Descanso merecido...

E claro, causos pro próximo post!