quarta-feira, 8 de março de 2017

Ufa..hora da pausa!


Chegamos ao RJ, e já respirávamos aliviados, pois agora a atenção seria integral a recuperação da Gertrudes.

A princípio o último trecho em MG seria para que pudéssemos explorar um pouco mais das cidades que passamos, mas os planos mudaram e tivemos que acelerar a passagem. Felizmente tudo deu certo e da melhor forma possível chegamos ao objetivo.
A família já nos esperava ansiosa e preocupada, pois acompanharam nossos últimos quilômetros.

Teríamos cerca de 30 dias para levantarmos dinheiro, revisar a Gertrudes e comparecer ao casamento do primo do Vini, que foi um dos principais incentivadores para estarmos e permanecermos na estrada.

Já no dia seguinte, era niver da Van, mas estávamos sem um tostão no bolso e não rolava nem um pulinho na praia haha. Passamos o dia em casa, botando o papo em dia com a família e descansando para recarregar as energias do dia anterior.

Pós descanso, foi dada a largada para agilizar o que fosse possível. O pai do Vini nos presenteou com uma lavagem no motor e da parte de baixo do assoalho, também com o engraxamento da suspensão e olha que ficou quase zero rsr.

Pegamos alguns ingredientes emprestados da mãe do Vini e fizemos brigadeiros, fomos ao centro de Duque de Caxias, próximo da faculdade em que Vini estudou e onde havia uma boa concentração de bares...ótimo para vendermos.

No início estávamos meio receosos, estávamos de volta a cidade grande e ainda com a impressão da última (BH). Com a cara e a coragem iniciamos oferecendo em mesa por mesa e de bar em bar, o público muito jovem nos recebeu da melhor forma possível \o/
Interessados na nossa história, na Gertrudes, nos causos fomos bombardeados por perguntas e respondemos a todas com aquele sorriso no rosto. Resultado...sucesso nas vendas, logo tínhamos dinheiro para o mais urgente na Gertrudes.
As vendas eram tão boas, que conseguíamos vender em todos os dias da semana e não precisávamos aguardar pelos dias com mais movimento.

Inclusive Vini resolveu levar as fotos que tínhamos do caminho para ilustrar o que falávamos e deu mais certo ainda, algumas pessoas se interessaram pelas fotos e contribuíram com valores maiores até do que arrecadávamos com as vendas de todos os brigadeiros <3 font="">

Diz se não é para a gente continuar na estrada com tanta gente de coração bom assim?!

Já com alguma graninha no bolso, aos poucos fomos fazendo alguns ajustes na Gertrudes.
Vini e seu Pai já logo colocaram o motor abaixo para verificar o vazamento de óleo que nos consumiu uma boa grana na estrada. Descobrimos que era o retentor do volante-motor...danado!




Peça por peça verificada e quando necessário trocada, Gertrudes ganhou de presente do pai do Vini: um carburador, filtro de ar, mangueira do combustível, velas, cabos de velas, escapamento, e regulagem das válvulas, daí descobrimos que um dos cabeçotes precisaria de uma retifica...eita!

Fizemos um orçamento e sairia por cerca de $150,00, levando em conta que não tínhamos essa grana, questionamos se a Gertrudes aguentaria rodar sem essa manutenção...e o moço concluiu que Gertrudes é bruta, vai rodar demais, mas vai consumir bastante combustível.
Novamente, deixamos a Gertrudes na mão e não fizemos a retifica. Apesar dos pesares, Gertrudes já respirava aliviada.

Seguíamos com a rotina de vender brigadeiros a noite e durante o dia revirando a Gertrudes e dando aquela ducha merecida.




Mesmo estando no RJ, para irmos ao centro ou as praias era necessário transporte público, já que com a Gertrudes teríamos o custo do combustível e do estacionamento, logo, tínhamos que escolher entre ir à praia e curtir a cidade ou guardar cada centavinho que entrava para revisar o máximo possível na Gertrudes. Mesmo próximo da família, a monotonia foi batendo e a vontade de seguir estrada só aumentava.

Escolhemos um dia e fomos ao centro do RJ e visitamos o bairro de Sta. Teresa, Lapa, Lavradio, Escadaria Selaron (lotada), mas ainda sem praia rs. Optamos por turistar po esses lugares, pois são lugares que se conhece a pé, com bastante disposição haha.

Escadaria Selaron - Na escadaria, há 215 degraus, os quais são cobertos por mais de dois mil azulejos recolhidos entre mais de sessenta países espalhados pelo mundo.
Arcos da Lapa

Parque das Ruínas - ainda preserva características neo-coloniais e tem uma vista incrível.

Também aproveitamos a passagem pela cidade e fomos conhecer o grupo Duks, grupo de carros air colled rebaixados, que se reúnem periodicamente numa praça da cidade. Levam os carros para exibi-los, reúnem a família, batem papo que gira em torno de carros, mecânica, funilaria, etc.







Várias lindezas reunidas!
Gertrudes se sentiu em casa, com toda a família reunida. Trocamos figurinhas sobre o amor em comum com carros antigos, as viagens que cada um já fez movidos por essas raridades.

Inclusive aproveitamos para visitar uma amiga, também Vanessa que fazia aniversário e por coincidência estava morando na mesma cidade em que estávamos. Rever amigos é quase tão bom quanto estar na estrada, pena não podermos conciliar os dois.


Niver da Van em Caxias
Enquanto, tudo acontecia nós também analisávamos nossas opções de trabalho no verão, pois seria com a grana acumulada que viajaríamos o restante do ano. Nossas alternativas eram Florianópolis e Paraty, Floripa por já termos ouvido relatos de ter emprego abundante no verão e Paraty, pois estaria mais próximo de SP e RJ, para que após o verão pudéssemos finalizar os ajustes na Kombi. Sabendo que nessas duas cidades o acesso a materiais e serviços de manutenção são mais baratos. Enfim, destino decidido, nosso verão seria em Paraty.

Finalmente o casório chegou, a tempos não participávamos de festas em família, aquela preocupação com roupa, sapato, cabelo, barba já não nos pertencia. Foi um problema para nos “conformarem” que não poderíamos nos apresentar da forma que andávamos no dia a dia. Por fim, tudo deu certo e nos “portamos” adequadamente.

O segundo round nos aguardava, rever todos e no caso da Van conhecer mais alguns familiares do Vini, contar os causos de viver na estrada, alguns incentivaram a continuidade, outros torciam o nariz...
- Que vida irresponsável!
- Quem sustenta isso?
- Vocês ainda não tem filhos né?! É por isso!
- Vocês que estão certos, aproveitando a vida!
- Contem comigo se precisarem de algo.
O jeito foi beber e curtir para comemorar e apreciar, afinal o casório foi lindo.


Recém casados Erick e Fabricia
Os pais do Vini - Amaro e Nair.

Compromisso de casório cumprido, já levantamos acampamento rumando a SP, agora era o niver da sobrinha que não conhecemos, nada mais justo que estar presente no seu primeiro aniversário.

Logo mais...!