Viu, nem demorou tanto..rs. Estamos de volta \o
Quanto ao nosso dia a dia...Sériooo, não sobra disposição
ou vontade alguma de fazer qualquer coisa, o trabalho é esgotante.
Maaas, quando pensávamos que estava tudo caminhando bem,
tivemos uma surpresa. Vini foi selecionado como delegado digital na 3ª
Conferência Nacional da Juventude, em Brasília.
E agora José? Bateu uma sensação de: Uau, não podemos
perder essa oportunidade...ao mesmo tempo que: Putz, só vai um de nós.
O medinho de perder o emprego, receio de apenas um de nós
ir enquanto o outro ficaria...
Discutimos e acreditamos que seria uma ótima oportunidade
de conhecer pessoas com ideias e bagagem para somar ao projeto.
Além de que a família de Vini preparava-se para nos fazer
uma visita nesse mesmo período. Ficamos mais tranquilos.
Foi possível que VIni fizesse um acordo com o chefe, que o
dispensou no período da Conferência, sem que perdesse o emprego. Ufa!
Dia de despedida e reencontros, à medida que Vini partiu
seus pais e seu irmão chegaram. Foi o tempo de um abraço e já era hora de
embarcar para Brasília.
A família de Vini logo se ambientou com a região e os
moradores, aliás conheceram mais a vizinhança do que a gente nesse período.
Não houve muito tempo para uma interação, por quê mesmo?
Ahhh...trabalhando.
Após uma semana, Vini retorna de Brasília com ótimos
contatos, boas ideias e aquele gás pra tocar o Projeto. Mas, também com algumas
críticas quanto a Conferência. (Papo para outros relatos rs)
Hora de retornar ao trabalho...mas, o horário “flexível”
que tinha sido acordado entre o chefe e o Vini não seria mantido, por conta de
todooo o movimento que surge no período.
Então, hora de procurar outro emprego (de novo rs). Só não
contávamos que dessa vez seria diferente. Vini foi buscar a Van no trabalho e o
chefe fez uma boa proposta e pronto: empregado novamente. Agora trabalhando
juntos! Problema resolvido.
Já nos preparávamos para não termos folga nas próximas
semanas, assim a última folga antes do Natal tinha que ser aproveitada.
Bianca soube de uma festa de inauguração de um hostel, e o
melhor durante o dia...rs (velhinhos).
Pense num lugar difícil de achar?! Ora, o mapa estava
péssimo, ora ninguém conhecia...sobe rua, desce rua acabamos encontrando.
Seguimos uma trilhazinha no meio do mato e de
repente...Show!
Nos deparamos com uma casa enorme feita de bambu, e no piso
abaixo da casa algumas pessoas faziam yoga.
Ainda meio perdidos e fascinados com o local, não sabíamos
para onde olhar, alguém percebeu e nos orientou rs.
O hostel começou a ser construído há cerca de 3 anos, e tem
70% de sua construção em bambu, usando apenas 30% em cimento. A casa principal
concentra a cozinha e no mezanino um quarto. Os demais chalés são os quartos e
banheiros.
Um ambiente muitoo bom para quem prefere um pouco mais de
sossego ao burburinho do Morro.
Quem chegava ia se aconchegando pelo chão, no mato e no
telão vídeos de lugares incríveis ao redor de mundo, música ótima.
Houve apresentações musicais, pirofagia, malabares e
performance em tecidos.
Na verdade foi a 1ª festa que fugia dos padrões da Ilha,
simples, mais tranquila, sem grande concentração de pessoas, e o melhor no mato
rsrs.
Já se aproximando o Natal...também se aproximava a
despedida da família, pois não teríamos mais casa para recebe-los.
Aliás, o Natal passamos trabalhando! A princípio planejamos
passar com a família e com os amigos que fizemos por aqui...o horário foi
passando e passando, quando demos conta já era meia noite.
Cansadíssimos voltamos pra casa, abraços em família,
beliscadinha na ceia preparada pela Dna. Nair e cama...dia seguinte tinha mais.
Retomamos a procura de lugar pra ficar acampado no
réveillon...
Conversamos com a Nathalia (irmã da Cris), que tem uma casa
lindaaaa e super diferente, e com um quintal enorme e, pronto! Tínhamos espaço
para acampar no réveillon.
Problema também resolvido!
Já chegada a hora da partida, infelizmente não pudemos
aproveitar a Ilha com a família, mas sabemos que aproveitaram beeem, inclusive
ficou o gostinho de retorno. Quem sabe em breve? Nos despedimos e Vini os
acompanhou ao cais.
Já no dia seguinte ajeitamos nossas coisas nas mochilas,
pois após o trabalho já iriamos para a barraca.
Na primeira noite, os hospedes de Nathalia ainda não haviam
chego, assim nos deixou dormir no quarto em que ficariam.
Um banho quente (enfim rs) e cama...sim esperávamos o chão
da barraca e veio uma cama hahah..
Durante esses dias, não víamos Nathalia, os horários não
batiam, vez ou outra víamos seu filhos Elen e Oscar (protagonista do curta
Menino da Gamboa).
Durante o período de festas, nos surpreendemos com a
quantidade de pessoas na Ilha...um montaréu de gente pelas ruas e becos. Todos
os dias, um bucado desembarcava, à medida que apenas alguns iam embora.
Tipico movimento de litoral em temporada, filas enormes no
mercado, trânsito de pessoas na passarela da praia...e os preços ‘salgados’ nos
comércios.
Talvez já visando o grande movimento, percebemos que os
valores aumentam de forma considerável, ou seja, momento de segurar as compras
rs.
Outro detalhe, quem caminha pela passarela e está desatento
até se confunde e chega a pensar que não está em terras Baianas...a confusão de
idiomas e a ausência do português dá um “tiuti” no cérebro.
A concentração de argentinos é grande, mas também
italianos, franceses, americanos e até israelitas.
O bom é que no fim todos acabam se entendendo, seja na
mimica, arranhando um portunhol e usando o google tradutor rs.
Dia 31 chegou, e o trabalho mais pegado do que nunca, o
restaurante deu um movimento gigantesco, não paramos um minuto, as horas iam se
passando e a gente com o mesmo pensamento “será que a virada vai ser servindo
mesa?” .... Eis que em alguma momento (não sabíamos as horas, celulares
descarregados e sem relógio) fomos liberados, apertamos o passo pra ver se dava
tempo de ainda encontrar alguns amigos, eis que correria e muitos fogos,
tiramos a conclusão que aquela era a hora, paramos, nos felicitamos, beijos e
abraços...... era um novo ano! Sqn.
Continuamos andando e de repente, os fogos cessarão, alguns
metros à frente, mais fogos e muitas pessoas se abraçando e desejando um feliz
ano que acabara de começar.... haha, olhamos um pra cara do outro, com aquela
expressão de bobos, e concluímos que nos adiantamos, mais uma parada, outra
felicitação, pra não ficar sem né rs.
Pausa pra uma cervejinha.... e retomamos o caminho de casa.
Chegamos tão mortos em casa que só nos restou dormir.
Passado o boom de turistas, também voltamos a nossa
casa...finalmente.
Tirando esses causos de mudança de casa, volta de casa...os
dias não fogem da rotina, sol, mar, turista, trabalho, bate papo pra descobrir
cada vez mais sobre a história da ilha.
Até que surgem novidades, em um grupo de couchsurfing surge
a Dwane, mochileira que tem viajado o Brasil de carona, e que passaria por
Morro.
Pudemos recebe-la em casa, trocarmos histórias, reacender a
vontade de cair na estrada novamente.
DW realmente é inspiradora, e prova de que o desejo só
precisa de força de vontade para se realizar.
Inclusive através da DW, conhecemos essa galera que mora na
ecovila do Morro...entusiasmados com a existência da ecovila, recebemos o
convite para uma visita e sim, convite aceito hahah...
Fizemos uma visita e encontramos a Lótus dormindo
graciosamente com seus 2 meses apenas, conversamos com sua mãe Alana e uma
amiga, tomamos um café gentilmente preparado pelo avô de Lótus, que estava em
visita também.
Alana nos contou sobre os projetos com crianças realizados
pela ecovila e nos deixou o convite a conhecer as atividades realizadas durante
a semana.
Enquanto isso, recebemos um cliente no restaurante e
conversando, nos falou que trabalha no restauro do forte, Paolo é arqueólogo e
nos contou um pouco da história que tem sido desenterrada. Sim, nos deixou mais
curiosos em obter mais informações sobre o local que estamos. Também nos deixou
o convite para conhecer as escavações.
E claro, fomos até lá, pudemos ver canhões e as munições
que foram encontradas nas escavações.
Infelizmente também nos contou que muitos artigos que
remetem a essa época em que o forte estava ativo, foi encontrado em pousadas e
restaurantes espalhados pela vila e que tem sido usados como artigos de
decoração.
Como a visita foi rápida, ficou por nossa conta pesquisar
um pouco mais a respeito. (também fica para outro relato rs)
Momento de encontrar os amigos e relaxar um pouquinho,
aquele bate papo...festinha argentina pra sair da rotina (DW arrasou nos
passinhos rs).
Fim de noite, jantarzinho preparado pelo Vini e cama. No
dia seguinte, DW já ganhou a praia, já que não podemos acompanha-la.
Infelizmente sua passagem foi curtinha...mas fica aqui
nossa gratidão pela troca, por toda sua energia boa e inspiração.
Na mesma semana, três amigos mochileiros, que estavam
viajando também de carona, nos pediram couch por alguns dias, estavam por perto
da ilha e resolveram dar uma esticadinha até aqui, eram todos de MG, e estavam
aproveitando as férias da faculdade pra dar um giro pelo Brasil.
Quase não nos víamos, quando acordávamos pra ir trabalhar
eles já haviam saído, e quando chegávamos a noite já estavam dormindo. Ficaram
três dias e seguiram seu caminho.
Os dias sem novidades, percebemos que os costumes na Ilha
logo te dominam, se você fizer os passeios, conhecer os restaurantes, percebe
que em poucos dias esgota suas alternativas e o que se segue é a dita rotina.
Vez ou outra encontrávamos Bianca para uma cervejinha e um
bate papo, mas não contávamos que haveria mais despedidas.
Dessa vez chegou a hora de Bianca ir embora, retornaria à
São Paulo.
Mas, pra não passar em branco teve um bolinho de despedida
e também de comemoração do aniversário do Robert (figurinha mirim rs).
Nos despedimos com aquela vontade de pegar estrada também.
Percebemos que a época de trabalhadores de temporada estava
acabando, muitos restaurantes e pousadas anunciavam vagas de trabalho.
Para nós também foi um momento decisivo, discutimos e
acordamos que já seria o momento de definirmos a data de nosso retorno.
Comunicamos ao chefe que partiríamos em breve, ele nos
solicitou ficarmos cerca de 2 meses, a fim de trabalharmos os próximos feriados.
Pronto, decidimos partir após a Páscoa.
E tem mais um pouquinho de causos para contar, mas fica pro
próximo relato.