sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Dia a dia na Ilha...


Viu, nem demorou tanto..rs. Estamos de volta \o

Quanto ao nosso dia a dia...Sériooo, não sobra disposição ou vontade alguma de fazer qualquer coisa, o trabalho é esgotante.
Maaas, quando pensávamos que estava tudo caminhando bem, tivemos uma surpresa. Vini foi selecionado como delegado digital na 3ª Conferência Nacional da Juventude, em Brasília.
E agora José? Bateu uma sensação de: Uau, não podemos perder essa oportunidade...ao mesmo tempo que: Putz, só vai um de nós.
O medinho de perder o emprego, receio de apenas um de nós ir enquanto o outro ficaria...
Discutimos e acreditamos que seria uma ótima oportunidade de conhecer pessoas com ideias e bagagem para somar ao projeto.
Além de que a família de Vini preparava-se para nos fazer uma visita nesse mesmo período. Ficamos mais tranquilos.
Foi possível que VIni fizesse um acordo com o chefe, que o dispensou no período da Conferência, sem que perdesse o emprego. Ufa!
Dia de despedida e reencontros, à medida que Vini partiu seus pais e seu irmão chegaram. Foi o tempo de um abraço e já era hora de embarcar para Brasília.
A família de Vini logo se ambientou com a região e os moradores, aliás conheceram mais a vizinhança do que a gente nesse período.
Não houve muito tempo para uma interação, por quê mesmo? Ahhh...trabalhando.

Após uma semana, Vini retorna de Brasília com ótimos contatos, boas ideias e aquele gás pra tocar o Projeto. Mas, também com algumas críticas quanto a Conferência. (Papo para outros relatos rs)



Hora de retornar ao trabalho...mas, o horário “flexível” que tinha sido acordado entre o chefe e o Vini não seria mantido, por conta de todooo o movimento que surge no período.
Então, hora de procurar outro emprego (de novo rs). Só não contávamos que dessa vez seria diferente. Vini foi buscar a Van no trabalho e o chefe fez uma boa proposta e pronto: empregado novamente. Agora trabalhando juntos! Problema resolvido.
Já nos preparávamos para não termos folga nas próximas semanas, assim a última folga antes do Natal tinha que ser aproveitada.
Bianca soube de uma festa de inauguração de um hostel, e o melhor durante o dia...rs (velhinhos).
Pense num lugar difícil de achar?! Ora, o mapa estava péssimo, ora ninguém conhecia...sobe rua, desce rua acabamos encontrando.
Seguimos uma trilhazinha no meio do mato e de repente...Show!
Nos deparamos com uma casa enorme feita de bambu, e no piso abaixo da casa algumas pessoas faziam yoga.
Ainda meio perdidos e fascinados com o local, não sabíamos para onde olhar, alguém percebeu e nos orientou rs.
O hostel começou a ser construído há cerca de 3 anos, e tem 70% de sua construção em bambu, usando apenas 30% em cimento. A casa principal concentra a cozinha e no mezanino um quarto. Os demais chalés são os quartos e banheiros.
Um ambiente muitoo bom para quem prefere um pouco mais de sossego ao burburinho do Morro.
Quem chegava ia se aconchegando pelo chão, no mato e no telão vídeos de lugares incríveis ao redor de mundo, música ótima.
Houve apresentações musicais, pirofagia, malabares e performance em tecidos.
Na verdade foi a 1ª festa que fugia dos padrões da Ilha, simples, mais tranquila, sem grande concentração de pessoas, e o melhor no mato rsrs.



Já se aproximando o Natal...também se aproximava a despedida da família, pois não teríamos mais casa para recebe-los.
Aliás, o Natal passamos trabalhando! A princípio planejamos passar com a família e com os amigos que fizemos por aqui...o horário foi passando e passando, quando demos conta já era meia noite.

Cansadíssimos voltamos pra casa, abraços em família, beliscadinha na ceia preparada pela Dna. Nair e cama...dia seguinte tinha mais.
Retomamos a procura de lugar pra ficar acampado no réveillon...
Conversamos com a Nathalia (irmã da Cris), que tem uma casa lindaaaa e super diferente, e com um quintal enorme e, pronto! Tínhamos espaço para acampar no réveillon.
Problema também resolvido!
Já chegada a hora da partida, infelizmente não pudemos aproveitar a Ilha com a família, mas sabemos que aproveitaram beeem, inclusive ficou o gostinho de retorno. Quem sabe em breve? Nos despedimos e Vini os acompanhou ao cais.
Já no dia seguinte ajeitamos nossas coisas nas mochilas, pois após o trabalho já iriamos para a barraca.
Na primeira noite, os hospedes de Nathalia ainda não haviam chego, assim nos deixou dormir no quarto em que ficariam.
Um banho quente (enfim rs) e cama...sim esperávamos o chão da barraca e veio uma cama hahah..
Durante esses dias, não víamos Nathalia, os horários não batiam, vez ou outra víamos seu filhos Elen e Oscar (protagonista do curta Menino da Gamboa).


Durante o período de festas, nos surpreendemos com a quantidade de pessoas na Ilha...um montaréu de gente pelas ruas e becos. Todos os dias, um bucado desembarcava, à medida que apenas alguns iam embora.
Tipico movimento de litoral em temporada, filas enormes no mercado, trânsito de pessoas na passarela da praia...e os preços ‘salgados’ nos comércios.  
Talvez já visando o grande movimento, percebemos que os valores aumentam de forma considerável, ou seja, momento de segurar as compras rs.
Outro detalhe, quem caminha pela passarela e está desatento até se confunde e chega a pensar que não está em terras Baianas...a confusão de idiomas e a ausência do português dá um “tiuti” no cérebro.
A concentração de argentinos é grande, mas também italianos, franceses, americanos e até israelitas.
O bom é que no fim todos acabam se entendendo, seja na mimica, arranhando um portunhol e usando o google tradutor rs.
Dia 31 chegou, e o trabalho mais pegado do que nunca, o restaurante deu um movimento gigantesco, não paramos um minuto, as horas iam se passando e a gente com o mesmo pensamento “será que a virada vai ser servindo mesa?” .... Eis que em alguma momento (não sabíamos as horas, celulares descarregados e sem relógio) fomos liberados, apertamos o passo pra ver se dava tempo de ainda encontrar alguns amigos, eis que correria e muitos fogos, tiramos a conclusão que aquela era a hora, paramos, nos felicitamos, beijos e abraços...... era um novo ano! Sqn.
Continuamos andando e de repente, os fogos cessarão, alguns metros à frente, mais fogos e muitas pessoas se abraçando e desejando um feliz ano que acabara de começar.... haha, olhamos um pra cara do outro, com aquela expressão de bobos, e concluímos que nos adiantamos, mais uma parada, outra felicitação, pra não ficar sem né rs.
Pausa pra uma cervejinha.... e retomamos o caminho de casa. Chegamos tão mortos em casa que só nos restou dormir.

Passado o boom de turistas, também voltamos a nossa casa...finalmente.
Tirando esses causos de mudança de casa, volta de casa...os dias não fogem da rotina, sol, mar, turista, trabalho, bate papo pra descobrir cada vez mais sobre a história da ilha.
Até que surgem novidades, em um grupo de couchsurfing surge a Dwane, mochileira que tem viajado o Brasil de carona, e que passaria por Morro.

Pudemos recebe-la em casa, trocarmos histórias, reacender a vontade de cair na estrada novamente.
DW realmente é inspiradora, e prova de que o desejo só precisa de força de vontade para se realizar.
Inclusive através da DW, conhecemos essa galera que mora na ecovila do Morro...entusiasmados com a existência da ecovila, recebemos o convite para uma visita e sim, convite aceito hahah...
Fizemos uma visita e encontramos a Lótus dormindo graciosamente com seus 2 meses apenas, conversamos com sua mãe Alana e uma amiga, tomamos um café gentilmente preparado pelo avô de Lótus, que estava em visita também.
Alana nos contou sobre os projetos com crianças realizados pela ecovila e nos deixou o convite a conhecer as atividades realizadas durante a semana.

Enquanto isso, recebemos um cliente no restaurante e conversando, nos falou que trabalha no restauro do forte, Paolo é arqueólogo e nos contou um pouco da história que tem sido desenterrada. Sim, nos deixou mais curiosos em obter mais informações sobre o local que estamos. Também nos deixou o convite para conhecer as escavações.
E claro, fomos até lá, pudemos ver canhões e as munições que foram encontradas nas escavações.
Infelizmente também nos contou que muitos artigos que remetem a essa época em que o forte estava ativo, foi encontrado em pousadas e restaurantes espalhados pela vila e que tem sido usados como artigos de decoração.
Como a visita foi rápida, ficou por nossa conta pesquisar um pouco mais a respeito. (também fica para outro relato rs)



Momento de encontrar os amigos e relaxar um pouquinho, aquele bate papo...festinha argentina pra sair da rotina (DW arrasou nos passinhos rs).
Fim de noite, jantarzinho preparado pelo Vini e cama. No dia seguinte, DW já ganhou a praia, já que não podemos acompanha-la.
Infelizmente sua passagem foi curtinha...mas fica aqui nossa gratidão pela troca, por toda sua energia boa e inspiração.
Na mesma semana, três amigos mochileiros, que estavam viajando também de carona, nos pediram couch por alguns dias, estavam por perto da ilha e resolveram dar uma esticadinha até aqui, eram todos de MG, e estavam aproveitando as férias da faculdade pra dar um giro pelo Brasil.
Quase não nos víamos, quando acordávamos pra ir trabalhar eles já haviam saído, e quando chegávamos a noite já estavam dormindo. Ficaram três dias e seguiram seu caminho.
Os dias sem novidades, percebemos que os costumes na Ilha logo te dominam, se você fizer os passeios, conhecer os restaurantes, percebe que em poucos dias esgota suas alternativas e o que se segue é a dita rotina.
Vez ou outra encontrávamos Bianca para uma cervejinha e um bate papo, mas não contávamos que haveria mais despedidas.
Dessa vez chegou a hora de Bianca ir embora, retornaria à São Paulo.

Mas, pra não passar em branco teve um bolinho de despedida e também de comemoração do aniversário do Robert (figurinha mirim rs).

Nos despedimos com aquela vontade de pegar estrada também.
Percebemos que a época de trabalhadores de temporada estava acabando, muitos restaurantes e pousadas anunciavam vagas de trabalho.  
Para nós também foi um momento decisivo, discutimos e acordamos que já seria o momento de definirmos a data de nosso retorno.
Comunicamos ao chefe que partiríamos em breve, ele nos solicitou ficarmos cerca de 2 meses, a fim de trabalharmos os próximos feriados.
Pronto, decidimos partir após a Páscoa.

E tem mais um pouquinho de causos para contar, mas fica pro próximo relato.