quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Baita Cachoeira...


Quando acordamos, preparamos o café e ajeitamos a Kombi para irmos comprar os materiais para o brigadeiro.

Na avenida, encontramos outra loja de artigos de festa e muito mais em conta que na loja que estávamos comprando anteriormente.
O dono ficou curioso e começou a perguntar e sugerir outros materiais, Van começou a contar sobre a viagem e como a venda dos brigadeiros nos mantinha no caminho.
Rolou um desconto bacana e já sabíamos onde voltaríamos nas próximas compras.

Ah e sobre a Gertrudes, durante esses dias entre idas e vindas para Palmas, Taquaruçu e arredores, percebemos que o consumo de combustível estava absurdo, cerca de 7kms por litro. O que tornaria um grande sacrifício o próximo trecho da viagem.

Resolvemos consultar um mecânico que ficava próximo do posto que estávamos estacionados e informou que não mexia em carburadores e nos indicou outro mecânico, fomos até lá e contamos todo o problema que a Kombi tinha enfrentado e sugeriu algumas hipóteses (velas, carburador e válvula), mas para que pudesse dar aquela “olhadinha” ficaria pela bagatela de 150$.

Que isso amigo, a gente tá pastando aqui para juntar o dimdim do botijão e do combustível.
Bom, por menos de 100$ eu não consigo mexer.

Acordamos que verificaríamos o resultado das vendas no fim de semana e o procuraríamos na segunda.
Estávamos cientes que a Gertrudes precisava de uma mexidinha para retomar sua capacidade total, e que não poderíamos adiar isso. Mas, que era dinheiro pra caramba, era.
Era hora de redobrar os esforços de vendedores haah.

Retornamos para o posto e aproveitamos o sinal de wifi, atualizamos o blog e almocinho.
Como era sábado, aproveitaríamos uma apresentação de circo que aconteceria em Taquaruçu, passaríamos o fim de semana por lá, pois na segunda Van faria um exame.

Antes de seguirmos, abusamos mais um pouco da estrutura do posto, lavamos a louça, tomamos um banho e armazenamos água gelada rs.

Abastecemos e seguimos para Taquaruçu, o caminho para a cidade é muito bonito e surpreende a cada vez que o percorremos.

Chegamos no fim da tarde e na praça já começavam a montar as barracas de comidas, a medida que o palco começava a ser preparado para o circo.

Fomos até a Carlinha, mas não estavam em casa. De qualquer forma estacionamos por ali e seguimos para a praça, e já tinha um bom movimento.

Vini começou a conversar com o pessoal e os brigadeiros pouco a pouco iam saindo, garantindo alguns quilômetros a mais de viagem.

Pela praça algumas pessoas expunham trabalhos de artesanato e um deles se interessou pelos brigadeiros para suas 2 filhas, rolou uma troca por um item de artesanato, que levaríamos como lembrança na cidade.

O espetáculo de circo iniciou, e paramos para assistir. Era uma companhia de Porto Alegre que estava se apresentando pelo norte do Brasil, com o Circo de Horrores e Maravilhas.




A plateia estava cheia e todos vidrados nos movimentos da apresentação, inclusive nós rs.



Término de apresentação, aproveitamos o movimento, mas o interesse pelo “docinho” começou a diminuir e também o fluxo de pessoas.

Como já tínhamos vendido além da nossa meta e já estávamos famintos, voltamos para a Gertrudes e requentamos o almoço.

Demos uma ajeitadinha na bagunça e dormimos, nem chegamos a ver se a Carlinha e Fernando haviam chegado.

Acordamos e preparamos um café na Kombi, Van foi procurar pela Carlinha que estava de saída com a Açucena para leva-la para andar de bicicleta, Sussu estava toda equipada na bike de rodinhas, capacete e joelheiras...só faltava a coragem em pedalar rs.

Enquanto andavam de bicicleta, tomamos café e depois as encontramos na varanda, proseamos um pouco sobre a região e ela comentou que Fernando foi fazer uma prova que levaria o dia todo, só o encontraríamos no período da noite.

Relatamos como ficamos encantados com a cidade e o movimento na praça na noite anterior.
Aparentemente a cidade tem a veia cultural bem aflorada, muitas famílias estavam prestigiando a apresentação e Carlinha comentou que optaram em se mudar para Taquaruçu após a chegada da Açucena, por  ser uma região mais tranquila.

Carlinha começou a preparar o almoço e a Van um cuscuz para acompanhar, pós almoço e aquela preguicinha bateu.

Ficamos pela varanda até que um casal de amigos chegou a casa e convidou para irmos a Cachoeira da Roncadeira, apesar de estarmos ansiosos para conhecer, não poderíamos naquele momento, pois logo prepararíamos os brigadeiros para irmos à praça.

Açucena logo estava pronta para banhar rs e se foram.

Enquanto lavávamos a louça do almoço, a Ju que nos recebeu em São Félix apareceu haha, eita saudade braba.

Que nada, ela estava iniciando uma viagem e havia acabado de chegar do Jalapão com destino ainda incerto.

Conversamos um pouco e preparamos os brigadeiros, a deixamos em casa e fomos a praça.

Para nossa surpresa estava lotada, com muito mais pessoas do que na noite anterior que teve apresentação.
Em pouco tempo Vini já havia vendido uma boa quantidade e arrecadado ótimas dicas de lugares para conhecer na região e que não são indicados pelo CAT.

Informaram que inúmeras propriedades possuem cachoeiras, mas os donos não abrem para o público, mesmo que seja sob o pagamento de taxas de manutenção. Agora sim entendemos.

Vendas finalizadas, voltamos pra casa e finalmente encontramos o Fernando, que por todos esses dias em que estivemos em sua casa, saia cedo e voltava tarde do trabalho.

Todos na varanda, com causos de viagem, dando pitacos no roteiro da Ju de ir até o Peru, discutindo sobre a situação do Tocantins pelo agronegócio, assuntos a perder de vista.

Pudemos conhecer a Ester, que os amigos da Cia Pé de Cana nos sugeriram como figura a ser conhecida.

Ester é palhaça e está à frente do Ponto de Cultura que fica na Cachoeira da Roncadeira.
Como já havíamos percebido por todas as pessoas que conhecemos em Taquaruçu, o lado artístico pulsa fortemente.

Bom, apesar da boa prosa e das grandes trocas, estávamos com aquele sono que gente idosa nos entende haha, fomos dormir.

Infelizmente acordamos com o celular despertando, já tínhamos perdido esse costume, mas foi por uma boa causa, íamos a Cachoeira finalmente.

Entramos na casa e Ju já estava acordada com o café a postos, logo toda a casa acordou e tomamos café juntos.
Nos preparamos para ir a cachoeira e convidamos a Ju, que aceitou. Bora lá!

A cachoeira ficava na descida da serra, aquela por onde passamos e na curva quase deu ruim.
Subimos tranquilos e sem pressa, logo chegamos sem muito esforço da Gertrudes.

Na entrada, aquela taxa de 10$ e as orientações da trilha até a queda da cachoeira, como a Ju já conhecia, fomos tranquilos.

De cara uma baita escadaria, com uns degraus que desagradaram o joelho da Van rs. Após a escadaria uma trilhazinha bem demarcada e bem sombreada. Só o caminho já fascina.


Todo o percurso tem pouco mais de 1km, e alguns metros de chegarmos a Roncadeira, tem uma outra cachoeira a esquerda a do Escorrega Macaco, que deixamos para conhecer no retorno.

Chegamos a tão famosa Roncadeira, uma queda bem alta e o entorno surpreendente.



Infelizmente o Sol ainda não havia chego ali, e soubemos que a água é bem fria. Faltou coragem para enfrentar a queda.

Ficamos admirando, admirando, andando no entorno, molhamos os pés, joelho até que finalmente vimos uma fresta de Sol e tomamos coragem de entrar de vez e depois se aquecer no Sol.




Realmente a água congela, em determinado momento você deixa de sentir os dedos e para de se mexer para a água não te congelar por completo hahaha.
Ficamos ali por um tempo, nos aquecemos, banhamos e vice versa. Era hora de voltarmos e paramos na cachoeira do Escorrega Macaco, tão gelada quanto. Van não se arriscou dessa vez hahah.

O poção dessa é bem menor e para mergulho é inviável, mas a queda garante uma boa massagem nas costas.


Já com o Sol cozinhando retornamos pela trilha e a baita escadaria.
Van estava um pouco apressada, pois tinha um exame no posto de saúde.

Passamos pela casa da Carlinha, Van tomou uma ducha, se despediu de todos, pois após o exame seguiríamos para Taquaralto, onde as vendas eram melhorzinhas.
Fomos ao posto, o atendimento foi bem rápido e pegamos a via.

Impressionante como o clima muda em cerca de 16kms, Taquaruçu tem um clima delicioso de serra, rola aquele Sol e calor durante o dia com uns ventos para aliviar e a noite aquele geladinho que não te deixa agoniado.
Mas, chega em Taquaralto nossa o Sol desce na Terra.

Deixamos os brigadeiros prontos a tempo de esfriarem para a venda a noite.

Enquanto ajeitávamos algumas coisas na Gertrudes, a Ju estava a nossa procura por Taquaralto, indicamos o posto e quando menos esperamos, eis que surge.
Ela já havia se decidido quanto ao destino e aguardaria o horário do ônibus ali conosco.
Proseamos um pouco sobre o trecho que viajaria, e sobre nossos próximos destinos.

Já no nosso horário, tomamos um banho ajeitamos a Kombi e lá fomos nós, demos uma carona pra Ju até a praça de Taquaralto, pois de lá seguiria para rodoviária.
Novamente nos despedimos, rs...sabendo que em breve nos revemos.

Vini partiu pra venda, mas havíamos chegado cedo e o movimento ainda estava fraco. Na segunda feira anterior a praça estava lotada e a venda foi rápida.

Bom, as horas foram passando e as vendas seguiam devagar...apesar de a fome já bater na porta, tínhamos que finalizar todos os brigadeiros, pois do contrário teríamos que estender nossa estadia pela região para completarmos o valor do mecânico e da gasolina.
Com um pouco mais de insistência, começou a dar certo.

Vini proseava com os clientes a medida que se interessavam pela história e queriam contribuir. Inclusive comentaram que na região há diversos donos de carros antigos, mas que os deixam na garagem, vez ou outra que saem para exposições ou no encontro anual. Uma pena, a rua deveria ter esses carros transitando rs.

Bom, meta atingida, retornamos ao nosso pouso no posto de gasolina e estávamos mortos de fome e com sono. Logo, a comida teria que ser rápida.

Van aproveitou uma sugestão da Carlinha de preparar uma “farofa” de cuscuz com feijão, unimos o útil ao agradável, rápido e provavelmente delicioso.


E assim foi, realmente o preparo rápido e ficou muito bom, além da boa sustância que o cuscuz dá ahahah. Mesmo sem arrumar nossa bagunça fomos dormir.

Calmem, que logo acertamos nosso "diário" hahah, até mais...

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Nesse rio tem PIRANHA!!

Depois de horas e horas pra sair do Jalapão...

Chegamos a Novo Acordo e ao asfalto. Mas, antes de seguir viagem paramos na prainha para tirarmos toda a areia do corpo e para nos refrescar do calor que já estava nos consumindo.




Meleca nos acompanhou e pareceu entusiasmado com o tamanho da praia ao seu dispor hahah.


Nadou e nem nos deu bola, pra lá e pra cá.

Já estávamos revigorados e decidimos que ainda tínhamos gás para seguirmos viagem. Pedimos orientações no posto de combustível sobre o caminho até Taquaruçu e nos informaram cerca de 80kms a frente, abastecemos e seguimos.

Gertrudes estava com um desempenho ótimo no asfalto, a 2ª marcha funcionava a todo vapor, mas nós estávamos a beira do nível zero de energia, inclusive o Meleca, contávamos quilometro por quilometro.

Sem muita sombra pelo caminho, depois de mais de 50kms, paramos numa à margem da rodovia para um pouco de água, e para todos esticarem o corpo. Meleca andou e andou até esticar todo o esqueleto.

E ele esperto não queria voltar a Kombi, insistimos e nada...tivemos que captura-lo hahah...
Vini bateu a chave na Gertrudes e não funcionou :o

Tentou de novo, e de novo e nada...óh céus, tão pertinho. Será que ela também estava cansada?
Vini deu uma olhada no motor, reapertou uns cabos e a bonita funcionou, era charme só pode!


Pouco a frente na estrada uma moça pediu carona e apesar da Gertrudes estar toda bagunçada e só a poeira oferecemos carona e ela nos indicou que Taquaruçu estava logo a frente.

Iniciamos a descida da serra com umas curvas sinistras, inclusive em uma delas Vini não acreditou nas indicações das placas de “utilize freio motor”, e por bem pouco a curva não dá errado. Felizmente tudo correu bem.

Logo chegamos a cidade, demos uma volta e claro a maioria dos comércios estavam fechados, havia um movimento pela praça com barracas de comida e muitas crianças. Mas, nós só queríamos descanso.

Meleca andou um pouco e decidimos ir em busca de um posto para passarmos a noite, de volta a estrada não havia postos próximos a Taquaruçu, seguimos e chegamos a Taquaralto já em Palmas.

Encontramos um posto maravilhoso, água, banheiro, chuveiro e até um cafezinho e o melhor segundo o frentista o sono mais tranquilo que teríamos em nossas vidas hahah.

Estacionamos e quando abrimos a Gertrudes não era possível enxergar nada, só poeira, muita e muita mesmo.

Não seria possível dormir naquelas condições, foi aí que começamos a tirar tudo pra fora e limpar almofadas, armários e geladeira.



O trabalho começou a não render, a fome ia batendo...a sorte que na esquina do posto tinha uma barraca de refeição, sem pensar Vini foi até lá e a placa anunciando o chambari brilhou os olhos, com a grana curta compramos um para ambos dividirmos.

E nossaaaaa....como não existe uma barraca com chambari em toda esquina? Hahah...a Ju lá em São Félix já tinha comentado que esse prato é a maior sensação no Tocantins, agora entendemos porquê.

Chambari nada mais é do que arroz, feijão e carne cozida hahahah....simples né a alegria de 2 viajantes? Mas, a carne derrete na boca e o tempero?! Poxa, demais! Recomendamos.

Alimentados, seguimos a arrumação, e aqui cabe um adendo pro calor....caçarola! Pra não falar outra coisa rs.

Talvez seja tão quente quanto São Félix, mas acreditamos que o asfalto deixe a sensação de calor pior ainda.

Terminamos, banhamos num banheiro limpinho, limpinho e ajeitamos a Gertrudes com as portas abertas e ventilador na nossa cara para dormirmos, sim dormimos com as portas abertas, porque o ventilador não era suficiente. Sei que dormimos por volta das 20:30, tipo idoso mesmo rs.

E como disse o amigo frentista, foi um sono tranquilo, nem parecia que estávamos a margem de uma rodovia.

Como o Sol não brinca em serviço, nos acordou bem cedo. Levantamos da cama por pura obrigação, mas sem desejo nenhum...estávamos quebrados, com o corpo dolorido. A Van mal se mexia, até para falar era meio lenta rs.

Mesmo se arrastando fomos cuidar da vida, o café da manhã foi com o pão que a Ju nos presenteou e o café que o posto dá de cortesia.

Após o café fomos no mercado na esquina ao lado do posto e ao ver os valores, a vontade era de gritar assalto. Caracas, tudo com preço exorbitante, reduzimos nossa lista pela metade e só ficou o mais necessário.

Tínhamos planejado comprar os itens para o brigadeiro, mas a grana só daria para os nossos alimentos.

Bom, era o momento de reorganizarmos a grana que tínhamos no caixa, a princípio compraríamos as velas para substituir na Gertrudes, mas como ficaríamos estacionados isso poderia esperar.

Fomos então pechinchar pela cidade e achamos todos os itens do brigadeiro bem mais acessíveis, em compensação o kit de vela para Gertrudes bem caro.

Voltamos para o posto e começamos preparar o almoço, aproveitado a ideia de que a refeição com uma panela só nos poupa trabalho de lavar a louça rs. Fizemos a receita que aprendemos com a Cléia lá em São Félix, um macarrão na panela de pressão, é só botar tudo lá e tirar loguinho que pegar pressão. E claro, comer!

Foi rápido e delicioso.

Bom, ainda estávamos quebrados...Van não aguentou e mesmo naquele calor dormiu com o ventilador na cara.

Vini, aproveitou para dar uma olhadinha marota na Getrudes, garantir que ela não tinha sofrido tanto no caminho.

Pós soneca, era hora de preparar os brigadeiros e procurar onde vender. Conversamos com uma frentista que nos indicou a praça da igreja, relatando que tem um movimento bom todos os dias e ficava bem próximo do posto que estávamos.

Preparamos os brigadeiros, deixamos gelando na geladeira enquanto banhávamos e levantamos acampamento para irmos até a praça.

Realmente a praça fica bem próximo, iriamos a pé, mas sempre abordamos as pessoas para vender os brigadeiros e apontamos a Kombi, um ou outro até fica curioso para conhece-la.

Dessa vez apostamos numa quantidade maior de brigadeiros e para isso algumas horas a mais de trabalho rs.

Vini saiu na captura dos clientes, e a adesão foi um pouco vagarosa, mas estava acontecendo o que nos estimulava a permanecer mais tempo para vender todos os brigadeiros.

A praça tem várias barracas de lanches, churrasquinho e o movimento de pessoas é bem grande para uma segunda, que bom para nós.

Em cerca de 2hrs vendemos 30 brigadeiros, para o nosso alivio trocaríamos o óleo da Gertrudes e já guardaríamos para as velas.

Missão cumprida, enquanto voltávamos ao posto, ainda demos sorte do mercado estar aberto, contamos uns trocados e fomos comprar ovos, na saída uma moça nos abordou pedindo um auxílio para a alimentação dela e seus 3 filhos.

Já tínhamos experimentado na estrada que quando a gente divide o que temos, por fim dobramos a alegria. Dividimos então.

Retornamos ao posto de combustível, fizemos uma gororoba rapidinha e cama.

De novo, dormimos com as portas abertas acreditando no frentista e no segurança do posto.

Noite tranquila para a nossa sorte, porque já acordamos ainda doloridos mas, mais dispostos.

Procuramos uma padaria e não tinha por perto, fomos ao mercado vizinho e aquela padaria gigante com tantas opções rs...ainda lembro quando o pão francês custava $0,10 hahah.

Tomamos o café gentilmente cedido pelo posto, pãozinho, lavamos a louça da noite anterior.

Vini, foi então trocar o óleo da Gertrudes e recebeu aqueles bons elogios que nos deixam inspirados.

Bom, seguindo a ideia de manutenção na Gertrudes, em todos os lugares que pesquisamos o jogo de velas estava bem caro, muito além do que costumamos pagar pelo Sudeste, e como tínhamos um jogo usado, mas ainda funcionando optamos em não comprar nesse momento.

Vini, trocou o jogo e aparentemente Gertrudes respondeu muito bem, mas ainda está na nossa lista a troca definitiva.

Gertrudes reparada, a deixamos estacionada no posto e fomos até a avenida principal comprar os artigos para o brigadeiro, conseguimos um desconto bacana, ufa!

Voltamos a Gertrudes e estacionamos na sombra para cozinharmos, Meleca se acabou no cuscuz e a gente no feijão comprado do moço na rua.

Pós almoço, já tínhamos que preparar o brigadeiro, pois pretendíamos ir a praça um pouco mais cedo, para quem sabe retornarmos mais cedo para dormir.

Van agilizou os brigadeiros enquanto estávamos estacionados a frente de uma borracharia que fica no espaço do posto, e a galera toda curiosa e comentando do fogãozinho funcionando a todo vapor rs.

Brigadeiros prontos, um tempinho para esfriarem, enquanto tomamos um banho e já partimos para a praça.

Apesar de termos chegado mais cedo, o movimento era bem menor, muitas mesas vazias e uma ou outra pessoa que comprava.

Meleca estava alucinado com tanto movimento de pessoas e carros, não parava de latir e um ou outro acaba resmungando, achamos melhor deixa-lo na Kombi.

Com muito custo e em quase 3hrs, voltamos para o posto com uns poucos brigadeiros que não foram vendidos, mas visto o movimento menor foram boas vendas.

Requentamos o almoço, comemos e dormimos ansiosos, no dia seguinte planejávamos ir a Taquaruçu conhecer as cachoeiras tão faladas na região.

Acordamos e resolvemos que tomaríamos café pelo caminho, só passamos no mercado para comprar os pães e seguimos.

Já na estrada a indicação de balneários, com áreas de camping e restaurante, passamos por eles, pois imaginávamos serem pagos. Mas, logo à frente a placa cachoeira Taquaruçu.

Essa nós tínhamos certeza que era paga, mas apostamos na conversa para que pudéssemos conhece-la. Mas, nem a conversa adiantou rsrs, nem todo mundo se compadece de viajantes.

Como já estávamos estacionados, aproveitamos e preparamos o café, confessamos que o café fica até mais delicioso porque a paisagem contribuiu.




Já alimentados, seguimos para o centro da cidade a procura de maiores informações dos pontos turísticos, ou até tentarmos encontrar a Carlinha, amiga da Ju que conhecemos enquanto estávamos em São Félix, e que mora na cidade.

Chegamos ao centro, e nos sentimos aconchegados, a cidade fica no meio de um vale e de qualquer ponto você observar os paredões das montanhas em torno.

Passamos por duas praças e ambas bem cuidadas e limpas.

Procuramos por Carlinha, mas não estava em casa. Fomos ao CAT (Centro de Apoio ao Turista) que fica em uma das praças.

Questionamos quais eram os atrativos, pois havíamos pesquisado na internet e à medida que encontramos a informação de mais de 80 cachoeiras, só era fornecida informações a respeito da Cachoeira Taquaruçu, Roncadeira, Evilson e da Fazenda Ecológica. 
   
Bom, recebemos uma explicação estranha:
- Recentemente foram catalogadas mais cachoeiras e os impressos com a relação ainda não foram disponibilizados.
- Ok, mas quais são as demais cachoeiras?
- Como estamos em época de seca, muitas cachoeiras estão sem água, então os proprietários fecham o acesso e deixam em manutenção. Assim, há um rodizio entre todas as cachoeiras, à medida que uma retoma o funcionamento outra é aberta.
- Certo e quais são as que estão abertas?
- Essas que você citou mesmo: Evilson, Roncadeira e Taquaruçu, a da Fazenda Ecologica está fechada.
- Mas, não são mais de 80? Como só tem 3 funcionando?
- É, porque se todas estiverem abertas, quando o turista vem ele fica perdido para qual atrativo visitar.

Na verdade, nós ficamos perdidos foi com essa explicação.

Bom, perguntamos sobre os valores e a visita fica em torno de 7/8$, porque todas estão localizadas em propriedades privadas.

Conversamos um pouco sobre o festival gastronômico que haveria na cidade, e nos informou que a estrutura da praça já está sendo trabalhada para receber o evento.

Ficamos sabendo sobre o Festival Gastronômico pela Ju, é um evento anual onde há uma “eleição” dos melhores pratos comercializados durante os dias do evento.

Mas, há uma seleção prévia dos pratos inscritos, fiscalização da vigilância sanitária, etc. Pelo que percebemos bem organizado e estruturado.

No período, a cidade também recebe shows de bandas e um grande público, sendo um festival já esperado pelos moradores da região.

Enfim, saímos do CAT com a sensação de que se quiséssemos conhecer outros pontos turísticos deveríamos conhecer algum morador manjador dos paranaues ou bancar um guia.

A segunda opção estava fora de cogitação, mandamos mensagem para Carlinha e nos orientou a encontra-la no circo que ficava próximo.

Fomos até o espaço da Cia Os Kacos e era dia de reunião das mulheres, fomos recebidos pela Carlinha e Açucena, sua filha.

Meleca já se ambientou com as crianças que estavam por ali, e nós fomos convidados a almoçar e o melhor experimentar o feijão, recém colhido na agroflorestal que tem no quintal.

Fomos conhecer o espaço e havia feijão, milho, melão, couve, rúcula, abobrinha e todos plantados recentemente.

Colhemos algumas verduras para o almoço e Vini ficou ajudando na preparação.

Enquanto a Van aproveitou que ficaríamos estacionados por uns dias na região e foi até o posto de saúde, verificar como andava o funcionamento do corpinho.

No posto, o atendimento era por ordem de chegada. Até aí tudo bem, mas nenhuma senha era distribuída, ou seja, você memorizaria a pessoa a sua frente, e se conseguisse umas outras a frente também.

A bagunça mesmo começou quando a recepcionista foi recolher os cartões do SUS por ordem de chegada.

Certo que algumas pessoas foram bem honestas e respeitaram a sequência, mas apareceram umas figurinhas espertas, e claro gerou aquela confusão.

Van conversando com a moça ao lado, ela comentou que a anos é dessa forma, sempre sai uma briga, e eles nunca acatam a sugestão de distribuir senhas à medida que os pacientes chegam.
Parece piada né?

Como não é sempre que rola atendimento clínico, era necessário passar por isso.

No resumo da opera, foram 3hrs de espera para uma consulta de 2min e uma guia para hemograma.
Vini havia ido encontrar a Van e de lá foram à casa da Carlinha, Van enfrentou um marmitão de pedreiro que Vini tinha reservado do almoço.

Pense numa comida boa? Dilicinha...

Conversamos com a Carlinha sobre o público na praça para vendermos os brigadeiros, ela informou que o movimento é bem menor que no fim de semana, mas que ainda sim existe.

Resolvemos arriscar a venda para garantir pelo menos a entrada em uma das cachoeiras.

Preparamos os brigadeiros e deixamos resfriando, tomamos uma ducha e fomos pesquisar os valores do leite condensado nos mercados, e continuavam bem caros.

Voltamos a casa, e Carlinha recebia uns amigos para assistirem e discutirem um documentário dos remanescentes do cangaço, apesar do nosso interesse pelo assunto fomos a praça começar as vendas, aproveitamos e levamos a Açucena para uma volta.

Realmente não era um grande movimento de pessoas, mas haviam barracas de comida em volta da praça o que nos garantia um ou outro cliente rs.

Vini começou a abordar a galera e Van correndo atrás da Açucena que parecia ter rodinha nos pés rs.

Pouco a pouco os brigadeiros iam saindo, vez ou outra voltávamos a casa e retornávamos a praça.

Todas as pessoas que compraram comentaram que compravam para nos incentivar na viagem, nem tanto pelo doce em si. As vezes um parava e perguntava sobre a viagem, ou contava uma experiência com uma Kombi na família ou de algum amigo.

Uma das melhores partes é a troca com a galera que contribui, cada história bacana.

A noite avançou e encerramos as vendas, na volta encontramos o casal que estava na casa da Carlinha no ponto de ônibus, aproveitamos e paramos para um bate papo.

Ambos falaram que estavam nos observando na praça e comentando, que os planos deles com certeza dariam certo vendo o que fazíamos.

Eles tinham a ideia de iniciar a venda de brigadeiros à medida que viajavam.

Relatamos que não conseguimos um valor considerável, mas que era o suficiente para a gasolina e nossa alimentação. Também ficávamos na cidade enquanto precisávamos de valor “x” para abastecermos, quando conseguíamos íamos embora.

Ambos comentaram também que no início do relacionamento tudo foi acontecendo do zero quanto as aquisições para a casa, situação que se repetia a medida que mudavam-se de casa.

E hoje perceberam que precisam de cada vez menos, o que caiba numa mochila.

Trocamos figurinhas quanto as riquezas culturais com que nos deparamos pelo caminho e como a nossa visão era deturpada enquanto levávamos uma vida nos “padrões”.

Apesar da prosa estar ótima, era nossa hora de descansar. Voltamos para casa de Carlinha e Vini fez uma janta rapidíssima, comemos e preparamos a Gertrudes para dormirmos.

A Kombi não entrava pelo portão da garagem, estacionamos na frente da casa e preferimos dormir dentro dela.

Um boa noite para as meninas e dormimos, ainda bem cedo pois, no dia seguinte Van madrugaria para ir ao laboratório coletar exame.

Van pulou da cama, o celular não tinha despertado e o Meleca latia loucamente.

Felizmente ainda era tempo, levantamos e fomos com o Meleca que ficou alucinado com os demais cachorros na praça enquanto aguardávamos a Van.

Missão cumprida, passamos na padaria e compramos uns pães para o café.

Quando retornamos, Carlinha ainda não tinha acordado e a Gertrudes ainda estava numa temperatura agradável. Foi irresistível e voltamos a dormir hahah.

Cerca de 1hr depois acordamos com o Sol dando bom dia de novo, fizemos um café e tomamos ali mesmo, a medida que observamos a vizinhança acordando.

Quando nos demos conta a Carlinha já tinha saído, provavelmente enquanto dormíamos.

Lavamos a louça e decidimos que iriamos a algum balneário e partiríamos para Palmas, vender os brigadeiros em alguma faculdade.

Chegamos ao balneário que fica logo na saída de Taquaruçu sentido Palmas, também contava com área de camping e restaurante.

Em comparação com as cachoeiras o valor era beeem mais acessível, sendo 3$ por pessoa. E o Meleca ainda podia nos acompanhar rs.

Estacionamos a Gertrudes na sombra e lá fomos preparados para um banho, e pasmem.
Na verdade o balneário é só o curso de um rio, sem quedas ou poções que caibam ao menos uma pessoa dentro.

Ao menos o visual era lindo, o rio corre no meio das árvores e sobre várias pedras, acompanhar o caminho é uma boa pedida.


 
 

Fomos insistentes e procuramos qualquer piscininha que cobrisse ao menos os pés e encontramos, ficamos por ali observando e conversando sobre teorias do céu e do mar rs.

Apesar de ser possível passar o dia inteiro por ali, tínhamos que ir a Palmas ainda em tempo do horário de entrada na faculdade.

Na estrada, arriscamos que a gasolina seria o suficiente para chegarmos ao menos em Taquaralto, cerca de 20kms.

Mas, não foi bem assim, Gertrudes está consumindo muitooo e a gasolina acabou pouco antes de chegarmos no posto de gasolina.

Lá vai o Vini com o galão na mão comprar gasolina, por sorte andou um pouco e uma moto parou para dar uma carona, o reconheceu pela venda de brigadeiros na noite anterior.

Estávamos próximo do posto e foi rápido, ufa!

Paramos em Taquaralto para comprar mais material para os brigadeiros e acabamos com o estoque de copinhos da loja. Sacanagem como faríamos sem os copinhos?

Bom, fomos atrás do leite condensado mais barato e seguimos uma indicação da Carlinha de um mini atacado na saída para Palmas, e bingo era muito mais barato.

Já abastecidos seguimos para Palmas, e no caminho ficamos surpreendidos de como a cidade está rodeada de verde, por quilômetros olhávamos em volta e só víamos o Cerrado reinando.

Pegamos a primeira entrada para a cidade e procurávamos algum mercadinho para comprarmos algo para o almoço (esquecemos de comprar enquanto estávamos em Taquaralto) e quem sabe uma sombra boa para cozinharmos.

E aí surgiu nosso descontentamento, todas as ruas são idênticas e não havia comércio algum por quadras e mais quadras. Já tínhamos nos afastado muito da rodovia, onde tínhamos garantido um posto de combustível com sombra, água e banheiro.

Parecia que estávamos andando em círculos e não havia placa alguma de indicação de qualquer direção. Começamos a entrar em ruas aleatórias, até que finalmente chegamos a um supermercado, e novamente desapontados com a quantidade de grana que tínhamos e o valor do que queríamos almoçar. Mudamos o cardápio rs.

Pelo caminho até o mercado não vimos qualquer lugar com uma sombra convidativa, decidimos voltar ao posto na rodovia, e lá vai aquele monte de rua igual. Várias ruas depois chegamos e estacionamos.

Incrivel como cidade grande deixou de ser convidativa para nós que viemos de grandes cidades.
Aquele movimento frenético de carros e pessoas, aquela poluição sonora e as pessoas que não respondem quando você cumprimenta com um Bom Dia.

E lá estávamos no posto, rodeados de caminhões, onde todos se cumprimentam, o frentista é acolhedor e te indica banheiro com ducha e água para bebermos, estávamos em casa.



Mesmo com a mudança de cardápio, o almoço foi preparado e claro ficou delicioso.

Como estávamos atrasados para o horário de entrada na faculdade, corremos com os brigadeiros e com o banho.

Nos informamos e a faculdade que venderíamos, a ULBRA, ficava a uns 11kms e lá fomos nós imaginando que não estava compensando ter que ir e voltar do posto até a faculdade para vender os brigadeiros, a gasolina não estava com seu melhor valor e a Gertrudes estava bebendo um bucado.

Chegamos bem atrasados sem nos perdermos, estacionamos e começamos as abordagens.

Apesar de termos perdido o fluxo de alunos na entrada, as barracas de comida na frente sempre ficavam com as cadeiras ocupadas e eram nossa salvação.

Todos foram acolhedores com nossa história e os que puderam contribuíram com a compra de um ou mais brigadeiros, questionavam nossa rotina, queriam ouvir causos e até encontramos uma guria que divide a direção de uma Kombi com seu pai. Foi momento de tecer elogios as kombis rs.

Com a missão cumprida, ou quase, porque voltamos com poucas unidades para casa.

Procuramos um posto de combustível mais próximo e só nos indicaram o da rodovia, insistimos e saímos perguntando até que nos recomendaram um que ficava poucos quilômetros à frente.

Lá fomos nós cerca de 5kms, e ao chegarmos nos deparamos com um posto de bairro sem estrutura para pernoite, mas que funcionava 24hrs.

Bom, resolvemos arriscar e perguntamos se poderíamos passar a noite por ali e alguns funcionários se entreolharam e nos afirmaram que sim.

Usamos o banheiro, impecavelmente limpo que era capaz do nosso chinelo carregar mais terra do que o chão que pisamos hahah.

Preparamos a Gertrudes e o calor ainda estava insuportável dentro dela, mesmo com ventilador ligado, novamente dormimos com as portas abertas.

Meleca na madrugada latiu um bucado e resolvemos colocá-lo para dentro da Gertrudes, vai que nos expulsam do posto rs.

Por sorte estacionamos onde o sol não bate pela manhã, nos garantiu algumas horas de sono a mais, finalmente.

Acordamos com uma galera nos observando, frentistas, clientes...usamos o banheiro e percebemos que ali não era o local para prepararmos o café.

Ajeitamos a Gertrudes e seguimos a procura de uma praia para ficarmos mais à vontade e também para finalmente conhecer as praias de Palmas.


Abastecemos e perguntamos para o frentista sobre a praia mais indicada, nos sugeriu a praia do caju e lá fomos nós.

Difícil é que na rodovia não há placas de indicação, logo no primeiro rio que avistamos nós paramos.



 Tinha um rapaz na margem e nos informou que aquela não era a praia ainda, era apenas um lago que mais a frente encontra com o Rio Tocantins.




Bom, como já estávamos por ali resolvemos lavar ao menos a louça.




Louça lavada, pé na estrada e fomos meio que por dedução até a praia, pedimos informação mais uma vez e ainda sem nenhuma placa indicando chegamos a dita praia.

A vista é deslumbrante, rio a perder de vista e outra margem quase não se pode ver e a água verde é encantadora.






Observamos o melhor lugar para pararmos e banharmos, estacionamos a Gertrudes numa sombra e lá fomos.



Quando nos aproximamos na margem, as pegadas do homem eram marcantes, tinha lixo para todos os lados, sacos de carvão, embalagem de biscoito, latas de cerveja, garrafas de refrigerante, vergonhoso.



Bom, apesar da primeira impressão o banho foi muito bom.



Ficamos e ficamos por ali, até que nos demos conta que tínhamos muito a fazer, lavar roupas, cozinhar e banhar a Gertrudes que tinha areia por todos os lados.



Apesar do Sol que trabalhava intensamente, ficar dentro da água aliviava o calor. Lavamos todas nossas roupas, armamos um varal e começamos a preparar o almoço.



Talvez por ser sexta feira, não tinha outras pessoas pela praia e ficamos no maior sossego por horas.

Conversando com a Ju pelo whatsapp, ela nos deu o alerta:
- Cuidado! Esse rio tem PIRANHAAA!

Eita nós, banhávamos sem nos preocupar com nada e agora essa, e pior, não havia nenhum aviso.

Terminamos de almoçar e preparamos os brigadeiros para esfriarem enquanto começamos a operação faxina na Gertrudes, detalhe que para pegarmos água no rio, agora com o maior cuidado por conta das piranhas, tinha uma ladeirinha marota. Mas, como a Gertrudes merecia uma ducha o esforço era necessário.

Começamos e imaginamos que nunca íamos terminar, saia areia e terra vermelha por todos os lados e nunca mais terminava, tínhamos aberto uma torneirinha que não sabíamos fechar rs.



Ficamos cerca de 2hrs nessa faxina, lavamos toda por fora, limpamos todas as borrachas, cantinhos, chão, bancos e painel. Ufa!

Esgotados, já não sentíamos nem os braços hahaha...mas, restava o nosso banho, que por sinal foi uma delícia.



Todos banhados, íamos seguir até a ULBRA para vendermos novamente os brigadeiros, e dessa vez chegaríamos a tempo de vender na entrada dos alunos.

A recepção da galera para nossa história foi bacana, todos comentavam e se mostravam dispostos a ajudar e de fato ajudavam.

Entre uma venda e outra Vini proseou com os motoristas dos ônibus universitários que sugeriram diversos destinos para conhecermos enquanto estivermos pelo Tocantins, e para serem mais eficazes nos argumentos mostraram fotos. Nossa, quanto lugar lindo e o comichão para mudarmos o trajeto já se remexia dentro de nós.

Apesar da prosa boa, retomamos as vendas e anotamos as dicas dos amigos motoristas.

Mas, o que não lembrávamos é que era sexta feira e que segundo nossas lembranças de universitários, não são todos alunos que frequentam as aulas haha.

Saímos de lá ainda com uma boa quantidade de brigadeiros e tentaríamos vender no caminho.
Tínhamos decidido voltar para Taquaralto, pois tinha um fluxo intenso de pessoas e a “estadia” no posto era mais confortável.

No caminho, passamos por uma avenida repleta de bares e mesas na calçada, ótimo para finalizarmos a venda.

Eram muitas, muitas pessoas e claro foi sucesso. Mas, já era bem tarde e estávamos exaustos, seguimos voando para o posto de gasolina e assim que estacionamos preparamos uma janta rapidíssima.

Por sorte achamos um lugar para estacionar onde o Sol não batia pela manhã, provavelmente dormiríamos um pouco a mais.


Dormimos e o descanso foi merecido, até passamos da hora.

Aeooo que estamos quase em dia!

Até mais ver!