sábado, 28 de outubro de 2017

Ela virá no verão...


Pensem num casal sumido! Pensou? Pois é, somos nós! Mas, cá estamos para dar sinal de vida...
Lá se foram alguns meses sem notícias, mas foram meses de muita atividade.

Quando deixamos Paraty, após o término da temporada de verão e nosso período de trabalho, estávamos decididos a nos empenhar na Gertrudes para que ficasse em estado de seguirmos viagem ao sul do país.

Fomos direto para Duque de Caxias – RJ, na casa dos pais do Vinicius, afim de revisar e trocar tudo o que fosse preciso no motor e que estávamos fazendo vista grossa até então.
E para nossa surpresa Gertrudes exigiu um bocado de coisas: juntas do motor, cabeçote, facão, amortecedor, suspensão (revisão), embuchamento (manga de eixo), e tudo feito em casa com a ajuda do pai do Vini, vez ou outra ela ia parar na oficina. Por motivos de...não dávamos conta de tudo.








Também aproveitamos para dar uma carinha nova ao remendo na funilaria, que vinha nos incomodando. Certo é que não fizemos nada definitivo e como gostaríamos (por falta de verba rs), mas já deu uma melhorada na estima da Gertrudes rs.



Próximo passo e talvez o mais trabalhoso, tínhamos que refazer toda a parte interna...até compramos uma tico-tico pra coisa ficar mais profissional haha.
E lá se foi dias e dias com o Vini cortando, lixando, martelando, parafusando, montando e desmontando. Até que por fim...uma obra de arte! 


Era uma vez nossa casinha...

Enfim, forramos o teto. Na tentativa de reduzir o calor.
Ó o piso de madeira substituindo o carpete.

O esqueleto da cama/baú.

O armário traseiro e o isolamento do motor para não ficar em contato com o colchão.

O armário lateral e a bancada para a futura cozinha.

Sobrou isolamento até para as paredes do salão.

Uma corzinha na madeira do piso.

Ficamos com dó de pagar por um sistema de cama "pronto" e Vini fez sua engenhoca...

E deu super certo!!

Gertrudes ficou uma proeza, do jeito que imaginamos e o melhor é que dessa vez pudemos pensar no que seria mais viável para nossa rotina na estrada.

Todos os espaços possíveis foram utilizados, ou seja, a ideia é que nada ficasse solto dentro da Kombi e chacoalhando à medida que dirigimos.




Vini fez malabarismo para dar conta de todo esse trabalho no período de 1 mês, e ainda deu tempo de rever alguns familiares e amigos. Ufa!
Bom, missão cumprida. Agora seguiríamos para São Paulo, afim de também rever a família e amigos.

Pretendíamos  pernoitar na estrada, para não enfrentar todos os kms de uma vez só e não exigir da Gertrudes. Mas, ela foi desenvolvendo bem, sem sinais de fadiga rs...parávamos em postos de gasolina para dar uma refrescada no motor e na gente.

Porém, já em São Paulo, próximo a Arujá percebemos que ela começou a falhar e por vezes parecia que ia parar.

Paramos em um posto de gasolina, Vini deu aquela olhada no que podia e não viu nada de diferente. Tivemos um pouco de paciência, pensando que seria o tanto de quilômetros já rodados que estaria exigindo demais do motor recém mexido. Deixamos esfriar e seguimos.

Gertrudes persistiu, Vini tinha que esticar o acelerador para que ela enfim pudesse “engrenar”. Descoberto esse macete, decidimos que seguiríamos até que chegássemos aos pais da Van, não pararíamos na estrada com a kombi nesse estado.

Era sofrido sentir que ela estava se esforçando um bocado e começamos a parar mais vezes, imaginando que ela pudesse descansar.

Um pouco sofrido e muitas horas depois chegamos em casa.


 Era hora de matar a saudade dos sobrinhos, terminar a reforma da Gertrudes e agora, verificar o problema que havia dado na estrada.
Vini mexeu no carburador e reparou uma certa melhora na Gertrudes, acreditando estar ok, saímos com ela afim de pesquisar valores de materiais, e eis que de tanto avisar ela parou, por sorte estávamos perto da casa da avó da Van.

Vini olhou e verificou tudo, e nada, nem sinal. Resolvemos então chamar um mecânico próximo dali, que também olhou tudo e não conseguiu êxito, um outro mecânico também veio olhar, revirou tudo e não conseguiu nada, como já era noite e estávamos exaustos, deixamos para o dia seguinte. Dormimos na casa da vó e bem cedo estávamos de prontidão na Kombi, agora pra resolver, eis que conseguimos um outro mecânico e o veredicto, distribuidor ruim!
Como seres “precavidos”, tínhamos um reserva, colocamos, e num estalo Gertrudes estava disposta de novo.

E daí começou nossa labuta….  Levamos em um mecânico de confiança, que deu uma geral e não encontrou problema nenhum, apesar dela estar falhando muito. Até que apontou uma possível falha no cabeçote que havíamos acabado de trocar no RJ..... será?

Nesse meio tempo, íamos procurando as peças para os detalhes de acabamento, e diferente do RJ, onde o Vini conhecia todos os lugares possíveis pra compra de peças, em SP era diferente, o que estava perto era muito caro e o que estava longe era muito longe, que agonia!

E SP se resumia a mecânico, lojas de peças e visitas a amigos...

Em um dia cansados de não conseguir resolver os problemas da Gertrudes, entramos em um grupo no facebook e pedimos um HELP aos amigos kombeiros.... e eis que conhecemos o Rodrigo “Muita Treta”, o cara apaixonado por kombi, inclusive a frente da casa dele tem a frente de uma Kombi pendurada.... Imagina só.


Ele nos deu várias dicas e inclusive, levantou o acelerador, depois de quase dois anos sem sabermos que o pedal estava caído.... hahaha. No fim das contas ele revirou a kombi, mas não encontrou um problema especifico. 
Só pelo ajuste do acelerador já saímos contentes rs.

Gertrudes pronta! Era hora de resolvermos nosso destino, mas havia uma surpresa por vir, assim, Vini retornou até Paraty para "aprontar" as coisas e depois levar à Van.

Mas por que Paraty?
O caso era que estamos G R Á V I D O S!!!
Sim, sim agora temos uma nova tripulante a bordo!
Descobrimos a gestação quando ainda estávamos em Paraty, mas decidimos que não contaríamos a respeito, até que a gestação passasse da fase "perigosa" que é o primeiro trimestre. Assim, seguiríamos nossos planos quanto a Gertrudes e nesse meio tempo nos organizaríamos quanto a percurso, visto que não poderíamos nos aventurar por qualquer lugar.
Daí a pergunta, mas por que Paraty?!
Foi uma cidade que nos ofereceu uma ótima recepção desde o começo, tinha a energia da praia e a paz das cachoeiras, era fácil se virar por lá, um bom lugar para acompanharmos a gestação.

Em sua ida a Paraty, Vini arrumou trabalho e uma casa, era hora de voltar a SP para buscar a Van e a Gertrudes.

De novo na estrada! No caminho, antes mesmo de sairmos de SP, Gertrudes se mostrou indisposta, e ali vimos que a ida até Paraty seria penosa, ela não passava de 70km/h, e sofria para atingir essa velocidade, mas de cadin em cadin fomos seguindo, com uma paradinha pra pernoitar em Ubatuba e esperar o mercado abrir para umas comprinhas.
Amanhecendo, partimos a nosso destino final e começamos a nos preparar pra receber o melhor presente que a estrada nos proporcionou até hoje..... Maya.

Chegamos em Paraty na primeira semana de Agosto e Van já estava com uma barriguinha protuberante rs, o que dificultaria um possível trabalho.
Decidimos que quem ralaria dessa vez seria o Vini \o/ 


Pré Natal iniciado, trabalho acertado e casa se ajeitando...e a Gertrudes apesar de pronta, ficaria estacionada.
Vini voltou a trabalhar no restaurante que passamos a temporada, alugamos uma casa longe da cidade e literalmente no meio do mato. 





A ideia é que colocaríamos em prática a vontade de manusear a terra e "tentar" uma horta haahah...

Primeiro canteiro

As vacas até fizeram um delivery de esterco para incentivar nossa horta rs

No dia em que nos mudamos, fomos recepcionados por um cãozíneo...que nunca mais foi embora, nos adotou.
Passou a se chamar "Ventania", porque toda vez que bate aquele vento ele se esconde hahah, bem valente.

Ventania

Depois descobrimos que o "Ventania" era dos antigos moradores da casa, que foram embora e o deixaram. Literalmente caiu da mudança :/


Os bicho tudo receptivo, tem uns interesseiros que aparecem lá pelo café da manhã, mas que não deixam de ser bonitinhos!



É certo que não foi tranquilo nos acostumarmos com uma "casa", apesar de ficarmos em casa nas temporadas.
Dessa vez se trata de algo mais prolongado, o bom é que estamos levando bem e está fluindo.


Nossa mesa foi dominada por várias mudas pra horta rs
 
Cuscuz nosso de cada dia..


Bate uma saudade da estrada...mas logo retomaremos e acompanhados rs.

Maya!
Em breve mais novidades!