quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Baita Cachoeira...


Quando acordamos, preparamos o café e ajeitamos a Kombi para irmos comprar os materiais para o brigadeiro.

Na avenida, encontramos outra loja de artigos de festa e muito mais em conta que na loja que estávamos comprando anteriormente.
O dono ficou curioso e começou a perguntar e sugerir outros materiais, Van começou a contar sobre a viagem e como a venda dos brigadeiros nos mantinha no caminho.
Rolou um desconto bacana e já sabíamos onde voltaríamos nas próximas compras.

Ah e sobre a Gertrudes, durante esses dias entre idas e vindas para Palmas, Taquaruçu e arredores, percebemos que o consumo de combustível estava absurdo, cerca de 7kms por litro. O que tornaria um grande sacrifício o próximo trecho da viagem.

Resolvemos consultar um mecânico que ficava próximo do posto que estávamos estacionados e informou que não mexia em carburadores e nos indicou outro mecânico, fomos até lá e contamos todo o problema que a Kombi tinha enfrentado e sugeriu algumas hipóteses (velas, carburador e válvula), mas para que pudesse dar aquela “olhadinha” ficaria pela bagatela de 150$.

Que isso amigo, a gente tá pastando aqui para juntar o dimdim do botijão e do combustível.
Bom, por menos de 100$ eu não consigo mexer.

Acordamos que verificaríamos o resultado das vendas no fim de semana e o procuraríamos na segunda.
Estávamos cientes que a Gertrudes precisava de uma mexidinha para retomar sua capacidade total, e que não poderíamos adiar isso. Mas, que era dinheiro pra caramba, era.
Era hora de redobrar os esforços de vendedores haah.

Retornamos para o posto e aproveitamos o sinal de wifi, atualizamos o blog e almocinho.
Como era sábado, aproveitaríamos uma apresentação de circo que aconteceria em Taquaruçu, passaríamos o fim de semana por lá, pois na segunda Van faria um exame.

Antes de seguirmos, abusamos mais um pouco da estrutura do posto, lavamos a louça, tomamos um banho e armazenamos água gelada rs.

Abastecemos e seguimos para Taquaruçu, o caminho para a cidade é muito bonito e surpreende a cada vez que o percorremos.

Chegamos no fim da tarde e na praça já começavam a montar as barracas de comidas, a medida que o palco começava a ser preparado para o circo.

Fomos até a Carlinha, mas não estavam em casa. De qualquer forma estacionamos por ali e seguimos para a praça, e já tinha um bom movimento.

Vini começou a conversar com o pessoal e os brigadeiros pouco a pouco iam saindo, garantindo alguns quilômetros a mais de viagem.

Pela praça algumas pessoas expunham trabalhos de artesanato e um deles se interessou pelos brigadeiros para suas 2 filhas, rolou uma troca por um item de artesanato, que levaríamos como lembrança na cidade.

O espetáculo de circo iniciou, e paramos para assistir. Era uma companhia de Porto Alegre que estava se apresentando pelo norte do Brasil, com o Circo de Horrores e Maravilhas.




A plateia estava cheia e todos vidrados nos movimentos da apresentação, inclusive nós rs.



Término de apresentação, aproveitamos o movimento, mas o interesse pelo “docinho” começou a diminuir e também o fluxo de pessoas.

Como já tínhamos vendido além da nossa meta e já estávamos famintos, voltamos para a Gertrudes e requentamos o almoço.

Demos uma ajeitadinha na bagunça e dormimos, nem chegamos a ver se a Carlinha e Fernando haviam chegado.

Acordamos e preparamos um café na Kombi, Van foi procurar pela Carlinha que estava de saída com a Açucena para leva-la para andar de bicicleta, Sussu estava toda equipada na bike de rodinhas, capacete e joelheiras...só faltava a coragem em pedalar rs.

Enquanto andavam de bicicleta, tomamos café e depois as encontramos na varanda, proseamos um pouco sobre a região e ela comentou que Fernando foi fazer uma prova que levaria o dia todo, só o encontraríamos no período da noite.

Relatamos como ficamos encantados com a cidade e o movimento na praça na noite anterior.
Aparentemente a cidade tem a veia cultural bem aflorada, muitas famílias estavam prestigiando a apresentação e Carlinha comentou que optaram em se mudar para Taquaruçu após a chegada da Açucena, por  ser uma região mais tranquila.

Carlinha começou a preparar o almoço e a Van um cuscuz para acompanhar, pós almoço e aquela preguicinha bateu.

Ficamos pela varanda até que um casal de amigos chegou a casa e convidou para irmos a Cachoeira da Roncadeira, apesar de estarmos ansiosos para conhecer, não poderíamos naquele momento, pois logo prepararíamos os brigadeiros para irmos à praça.

Açucena logo estava pronta para banhar rs e se foram.

Enquanto lavávamos a louça do almoço, a Ju que nos recebeu em São Félix apareceu haha, eita saudade braba.

Que nada, ela estava iniciando uma viagem e havia acabado de chegar do Jalapão com destino ainda incerto.

Conversamos um pouco e preparamos os brigadeiros, a deixamos em casa e fomos a praça.

Para nossa surpresa estava lotada, com muito mais pessoas do que na noite anterior que teve apresentação.
Em pouco tempo Vini já havia vendido uma boa quantidade e arrecadado ótimas dicas de lugares para conhecer na região e que não são indicados pelo CAT.

Informaram que inúmeras propriedades possuem cachoeiras, mas os donos não abrem para o público, mesmo que seja sob o pagamento de taxas de manutenção. Agora sim entendemos.

Vendas finalizadas, voltamos pra casa e finalmente encontramos o Fernando, que por todos esses dias em que estivemos em sua casa, saia cedo e voltava tarde do trabalho.

Todos na varanda, com causos de viagem, dando pitacos no roteiro da Ju de ir até o Peru, discutindo sobre a situação do Tocantins pelo agronegócio, assuntos a perder de vista.

Pudemos conhecer a Ester, que os amigos da Cia Pé de Cana nos sugeriram como figura a ser conhecida.

Ester é palhaça e está à frente do Ponto de Cultura que fica na Cachoeira da Roncadeira.
Como já havíamos percebido por todas as pessoas que conhecemos em Taquaruçu, o lado artístico pulsa fortemente.

Bom, apesar da boa prosa e das grandes trocas, estávamos com aquele sono que gente idosa nos entende haha, fomos dormir.

Infelizmente acordamos com o celular despertando, já tínhamos perdido esse costume, mas foi por uma boa causa, íamos a Cachoeira finalmente.

Entramos na casa e Ju já estava acordada com o café a postos, logo toda a casa acordou e tomamos café juntos.
Nos preparamos para ir a cachoeira e convidamos a Ju, que aceitou. Bora lá!

A cachoeira ficava na descida da serra, aquela por onde passamos e na curva quase deu ruim.
Subimos tranquilos e sem pressa, logo chegamos sem muito esforço da Gertrudes.

Na entrada, aquela taxa de 10$ e as orientações da trilha até a queda da cachoeira, como a Ju já conhecia, fomos tranquilos.

De cara uma baita escadaria, com uns degraus que desagradaram o joelho da Van rs. Após a escadaria uma trilhazinha bem demarcada e bem sombreada. Só o caminho já fascina.


Todo o percurso tem pouco mais de 1km, e alguns metros de chegarmos a Roncadeira, tem uma outra cachoeira a esquerda a do Escorrega Macaco, que deixamos para conhecer no retorno.

Chegamos a tão famosa Roncadeira, uma queda bem alta e o entorno surpreendente.



Infelizmente o Sol ainda não havia chego ali, e soubemos que a água é bem fria. Faltou coragem para enfrentar a queda.

Ficamos admirando, admirando, andando no entorno, molhamos os pés, joelho até que finalmente vimos uma fresta de Sol e tomamos coragem de entrar de vez e depois se aquecer no Sol.




Realmente a água congela, em determinado momento você deixa de sentir os dedos e para de se mexer para a água não te congelar por completo hahaha.
Ficamos ali por um tempo, nos aquecemos, banhamos e vice versa. Era hora de voltarmos e paramos na cachoeira do Escorrega Macaco, tão gelada quanto. Van não se arriscou dessa vez hahah.

O poção dessa é bem menor e para mergulho é inviável, mas a queda garante uma boa massagem nas costas.


Já com o Sol cozinhando retornamos pela trilha e a baita escadaria.
Van estava um pouco apressada, pois tinha um exame no posto de saúde.

Passamos pela casa da Carlinha, Van tomou uma ducha, se despediu de todos, pois após o exame seguiríamos para Taquaralto, onde as vendas eram melhorzinhas.
Fomos ao posto, o atendimento foi bem rápido e pegamos a via.

Impressionante como o clima muda em cerca de 16kms, Taquaruçu tem um clima delicioso de serra, rola aquele Sol e calor durante o dia com uns ventos para aliviar e a noite aquele geladinho que não te deixa agoniado.
Mas, chega em Taquaralto nossa o Sol desce na Terra.

Deixamos os brigadeiros prontos a tempo de esfriarem para a venda a noite.

Enquanto ajeitávamos algumas coisas na Gertrudes, a Ju estava a nossa procura por Taquaralto, indicamos o posto e quando menos esperamos, eis que surge.
Ela já havia se decidido quanto ao destino e aguardaria o horário do ônibus ali conosco.
Proseamos um pouco sobre o trecho que viajaria, e sobre nossos próximos destinos.

Já no nosso horário, tomamos um banho ajeitamos a Kombi e lá fomos nós, demos uma carona pra Ju até a praça de Taquaralto, pois de lá seguiria para rodoviária.
Novamente nos despedimos, rs...sabendo que em breve nos revemos.

Vini partiu pra venda, mas havíamos chegado cedo e o movimento ainda estava fraco. Na segunda feira anterior a praça estava lotada e a venda foi rápida.

Bom, as horas foram passando e as vendas seguiam devagar...apesar de a fome já bater na porta, tínhamos que finalizar todos os brigadeiros, pois do contrário teríamos que estender nossa estadia pela região para completarmos o valor do mecânico e da gasolina.
Com um pouco mais de insistência, começou a dar certo.

Vini proseava com os clientes a medida que se interessavam pela história e queriam contribuir. Inclusive comentaram que na região há diversos donos de carros antigos, mas que os deixam na garagem, vez ou outra que saem para exposições ou no encontro anual. Uma pena, a rua deveria ter esses carros transitando rs.

Bom, meta atingida, retornamos ao nosso pouso no posto de gasolina e estávamos mortos de fome e com sono. Logo, a comida teria que ser rápida.

Van aproveitou uma sugestão da Carlinha de preparar uma “farofa” de cuscuz com feijão, unimos o útil ao agradável, rápido e provavelmente delicioso.


E assim foi, realmente o preparo rápido e ficou muito bom, além da boa sustância que o cuscuz dá ahahah. Mesmo sem arrumar nossa bagunça fomos dormir.

Calmem, que logo acertamos nosso "diário" hahah, até mais...

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