sexta-feira, 8 de julho de 2016

Eu vou mostrar pra vocês, como se dança o Baião.... na terra do REI!

Nossa.... estamos mega atrasados, muitas histórias ficaram de ser contadas, mas pense num caminho difícil de achar internet (de graça claro...rs). 

Mas não esquecemos de vocês que nos acompanham não, aos pouquinhos vamos pondo em dia, então bora lá!

Passamos a noite em um posto de gasolina em Petrolina-PE, acordamos tarde, bem tarde e estávamos estacionados bem espaçosamente, tipo tomando espaço de uns 3 carros, mal saímos da Kombi e alguém já veio perguntando se poderíamos “ajeita-la”. Calma, seu moço já estamos de saída...e claro rapidamente estávamos prontos.

Fomos abastecer e depois iriamos conhecer os pontos turísticos da cidade, mas foi uma surpresa para nós.

Enquanto abastecíamos algumas pessoas cercaram a Gertrudes e passaram a nos questionar, sobre a viagem, sobre a Kombi e todo o tipo de curiosidades. Ouvimos coisas do tipo:
“Estão fugindo da polícia?”
“Estão pagando promessa?”

Todo o interrogatório seguiu por cerca de uns 30 min, inclusive recebemos a sugestão de irmos conhecer Juazeiro do Norte, pois estávamos muito próximos e não poderíamos ir embora dali sem ter passado por lá. Afirmaram inclusive que não nos arrependeríamos.

Já nos finalmentes da prosa, começaram a nos “doar” um dimdim para ajudar na gasolina, até oferecemos o que havíamos adquirido no caminho, castanhas, mel, mas não aceitaram.
Agradecidos e surpresos saímos do posto...mas ficamos na dúvida: ir ou não ir a Juazeiro do Norte, na dúvida...vamos!

Mas, antes conhecer a casa do artesão e as famosas Carrancas, fomos recebidos pelo Francisco, um dos artistas que moldava diversas peças em madeira, conhecemos também um rapaz que fazia esculturas em bronze, busto, e nos mostrou como funcionava o processo de modelagem.




Também conhecemos o Centro da Biodiversidade da Caatinga, local que fica dentro de um quartel do Exército e abriga alguns animais apreendidos provenientes de caça e/ou transporte ilegal.


Até tínhamos em vista outros pontos turísticos, mas a distância nos incentivou a deixar de lado...até porque a sugestão de conhecermos as vinícolas as margens do rio São Francisco nos deixou curiosos.

Seguimos estrada até Lagoa Grande e lá há uma rota que passa por algumas fazendas que são turísticas na rota do vinho.


Escolhemos a primeira Rio Sol, pouco distante da cidade e ao chegarmos a notícia de que as visitas são agendadas e pagas.


Conversamos um pouco e o segurança sugeriu que conhecêssemos ao menos a loja, e lá fomos!
O caminho por dentro da fazenda é lindo, tudo muito cuidado, as uvas a perder de vista.

Chegamos a loja meio sem jeito, a vendedora muito simpática nos acompanhando, mas estávamos ali só pra conhecer mesmo e já imaginando os valores absurdos de cada garrafa.

A vendedora nos sugeriu uma degustação (na faixaaaa) rs...pense num trem bom?! E quando olhamos o preço...poxa, melhor ainda.

Pensamos, vamos contar as moedas e comprar uma ou outra garrafa de vinho para vendermos no caminho. Saímos da loja com 2 vinhos e catando os cajus no pé ainda na fazenda hahah.


Novamente na estrada, já procurávamos algum lugar para pousar e a próxima cidade seria Santa Cruz.


Pouco antes da entrada da cidade, ainda na pista avistamos um posto com um pátio bem grande e já imaginamos que seria parada de caminhoneiros, logo teria minimamente um banho.

Paramos, perguntamos e tudo certo, passaríamos a noite por ali. Apesar do banho ser pago, o banheiro era impecável.

Cozinhamos, lavamos umas roupas e apreciamos um pôr do sol lindo a margem da rodovia.

Em pouco tempo a Gertrudes já estava pronta para nossa noite de sono ahhahah...

No dia seguinte, acordamos e já não tinha nenhum caminhoneiro em volta. Foi só o tempo de ajeitarmos a Kombi e entrarmos na cidade que ficava logo à frente.

Cidade pequenininha demais, todos os comércios estavam fechados, exceto a padaria. Tomamos um café e aí sim fomos informados que era feriado...só podia né?! Dois perdidos no tempo.


Partimos para a próxima cidade Ouricuri, cidade grande, com uma praça enorme, mas sem uma misera sombrinha para estacionarmos a Kombi e fazermos um almocinho.

Estacionamos, andamos um pouco pela cidade, ficamos pela praça e por fim optamos em partir para o próximo destino, que segundo dicas que havíamos recebido no caminho era a cidade do queijo: Bodocó.

Não tão distante chegamos a Bodocó e claro que a cidade estava fechada, por conta do dito feriado.

Perdemos a oportunidade de experimentar o tal queijo...numa próxima.

Seguindo estrada sentido Exu, terra do Gonzagão. Mas, o calor fez os quilômetros se arrastarem e o cansaço batia forte.

Chegamos num povoado antes, que as margens da pista tinha uma barraca vendendo queijo. Bom, talvez fosse o caso de encontrarmos algum queijo próximo do que encontraríamos em Bodocó.

Senhorzinho simpático e conversador nos envolveu com várias histórias de suas idas e vindas de SP e claro a história de como o queijo é produzido. Por sua própria família ao pé da serra, as nossas costas.
Pronto, cliente conquistado hahaha...também paramos no barzinho do lado, experimentamos um bolo fofo com um gole de café.

Depois da comilança, as esticadinhas nas pernas, continuamos para Exu que estava bem próximo já.
Já no fim da tarde chegamos a Exu, paramos por uma praça, conversamos com um senhor que se aproximou por curiosidade da Gertrudes. Conversa vai, conversa vem nos indicou passar a noite em um posto de gasolina próximo e também as dicas das feiras e praças que conseguiríamos por acaso vender brigadeiros.


Dicas anotadas, fomos ao posto e depois daquela ducha, aquele almoço e depois um merecido descanso na rede.


A Van começou a implicar com o cabelo do Vini, que tava grande, que tava feio, que tava esquisito.... "num se avexe muié... de um jeito ai", e a Van deu, um jeito de piorar...hahah


Já descansados, vamos explorar a cidade e fomos até a praça central. Baita praça, mas sem movimento algum.

Por sorte não arriscamos vender brigadeiros, retornamos a Gertrudes e ainda era tempo de fazermos uma boquinha com o que sobrou do almoço haahah.

Enquanto jantávamos um rapaz se aproximou, questionando o que vendíamos. Conversamos sobre a viagem, ele comentou que roda o Brasil vendendo redes, cobertores e etc e que inclusive pensou que fossemos concorrentes, rs.

Nos deu dicas sobre as estradas e nos alertou sobre os ciganos que poderíamos encontrar pela estrada. Oi?! Ciganos?!

Pense, andar pelo mundão véi e sem porteira e ainda ter que se preocupar com mais essa. Caracas!

Acordamos e preparamos um café rapidinho, pois pretendíamos conhecer o museu Luiz Gonzaga. E como estávamos bem próximos do museu, resolvemos levar o Meleca...putz, insano.

Como sempre latindo pra tudo e pra todos, fazendo aquele showzinho e lá vamos nós tentando nos acostumar.

Ao chegarmos no museu, paga-se 6,00 por pessoa na visita e até pensamos que sacanagem, mas não ia rolar chegar até ali e não conhecermos. Bora lá.

Deixamos o Meleca amarrado ao lado de fora e foi aquela choradeira. Lá dentro conhecemos a casa dos últimos anos de Luiz Gonzaga, fora conhecemos o Museu em si que conta toda a trajetória de sua carreira, depois a casa de seu pai e por fim, os túmulos.




O funcionário até deixou escapar que o Museu é mantido unicamente com o valor dos ingressos, não recebe qualquer incentivo municipal ou federal, ou até mesmo dos comércios locais que giram em torno do turismo proveniente do museu, não contribuem.

Até ficamos aliviados em ter pago o ingresso.


Sem mais atrativos na cidade, seguimos.

Galera, finalizamos a postagem por aqui, mas em breve, muito breve, continuaremos com as histórias, tem muita coisa legal pela frente, muitos "causos", tem até dinossauro (haha)

Até a próxima!


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