quarta-feira, 20 de julho de 2016

O Sertão segue surpreendendo!

Tínhamos chegado enfim a São Raimundo Nonato...

Já pela manhã, percebemos que demos maior sorte, porque o posto que paramos tinha água e banheiro limpinhos.
Preparamos o café e decidimos ir ao menos conhecer o Museu do Homem Americano, rodamos um pouco pela cidade e logo nos perdemos hahahah, parte boa...porque assim conhecemos a região.

Chegamos ao museu e conversamos na recepção sobre nosso interesse em ser voluntários no museu/parque e a possibilidade de conhecer as atrações do museu.
Fomos informados sobre a falta de verba para pagar os funcionários e por conta disso estavam dispensando funcionários, além disso o movimento de turistas estava bem reduzido. Assim, seria difícil suprir os custos de voluntários e também acrescentou que o museu não tem programa de voluntários.
Reforçamos nosso interesse em conhecer o espaço, mas a dificuldade em pagar pelos ingressos.

A recepcionista então nos sugeriu que pagássemos meia entrada, ufa! Um alivio para nosso bolso que já estava assustado em pensar no valor de um guia.

Bom, a visita foi surpreendente, todos os ambientes do museu são bem descritivos, ilustrados, que até pra nós leigos no assunto foi muito curioso.






Apesar das dificuldades financeiras que o museu enfrenta, o ambiente está bem cuidado e ainda garante estrutura para receber visitantes.


Após a visita e ainda na saída encontramos uma guia que conduz grupos à Serra da Capivara, nos informou que o valor cobrado por dia é de $150.00 por um grupo de até 8 pessoas, logo teríamos que se envolver em algum grupo ou bancar o valor total para irmos sozinhos.

Ela estava com um grupo que haviam fechado um roteiro de 6 dias, mas deixou seu cartão conosco caso tivesse contato de outros turistas em busca de pessoas para compor uma turma.
Aqui a parte que temos que colocar a caixola para funcionar, precisávamos trabalhar e levantar um dinheirinho.

Saímos do museu e ao lado, Vini quis conhecer a Fundação Museu do Homem Americano, onde todo o material exposto do museu é estudado e catalogado, apesar da visita não ser permitida Vini conversou a respeito do intuito da nossa visita e conseguiu conhecer o espaço e claro saiu de lá maravilhado com a riqueza de histórias.

Retornamos a cidade e retomamos os contatos pelo couchsurfing e encontramos o Jacques, com quem já havíamos conversado meses antes e nos convidou para o almoço com algumas amigas.



Fomos super bem recepcionados, conhecemos uma galera bacana e após uma prosa já tínhamos um plano de ação...rs. Vamos vender brigadeiros na praça até conseguirmos o suficiente para pagarmos o guia. 
Preparamos os brigadeiros na casa do Jacques e por ali já vendemos os primeiros, ele então nos levou até a praça e Vini iniciou as vendas, contando nosso propósito e foi sucesso. Em poucos minutos todos já estavam vendidos, nos arrependemos de não termos feito mais.
Voltamos ao posto de gasolina e foi só o tempo de banho e cama, estávamos ansiosos pelos próximos dias.
E os dias que se seguiram foram regados a novas amizades que super se encarregaram de nos apresentar toda a cidade e suas belezuras, conhecemos o Canoas e fomos a bordo da Gertrudes, seguindo as direções da Luana. 





Conhecemos os pontos turísticos da cidade com a Sinhá, que também nos apresentou o babão - uma das frutas tipicas da caatinga - , a roda de capoeira e o bolo mais delícia e simples que experimentamos por ali.






Provou que tem água no sertão simm.


Infelizmente a água tá baixando, mas resiste mesmo fraquinha.






Ah Silá também nos contou que rolou um movimento pela cidade, existe um grupo no whats e que no dia que chegamos um avisou pro outro que tinha um casal de kombi pela praça e que estavam vendendo brigadeiros, e pra quem pudesse ajudar. Quanto amor!

E por todos esses dias íamos a noite na praça vender os brigadeiros e contar a nossa história, Vini conheceu 2 guias que se comprometeram a nos ajudar e eis que numa manhã ainda no posto de gasolina recebemos a visita do Waltércio – guia que fez a proposta de nos guiar pelo parque, visto que um turista já havia pago sua diária, mas não tinha o veículo para ir até lá, daí que entraria a Gertrudes.
Claro que aceitamos!


No outro dia, ainda cedo já estávamos no local combinado, conhecemos o Stallone que foi o colaborador de nos agregar a visita ao parque sem custo.

Bom, a missão agora era o destino do Meleca, pois no parque é proibido a entrada de animais.
Waltércio sugeriu que fossemos até um restaurante de uma amiga, no povoado próximo a guarita do parque e deixássemos o Meleca por lá, até que retornássemos. Claro que o Meleca fez aquela choradeira, mas o deixamos.


Direção ao parque, ainda na guarita a taxa de entrada, novamente com a colaboração do Stallone, a essa altura o Waltércio já nos orientava quanto ao roteiro que faríamos dentro do parque, íamos com a Gertrudes até certo ponto e de lá faríamos um percurso a pé.

E assim finalmente iniciamos a visita pelo parque, na verdade essa visita iniciou à meses atrás quando ainda ficamos curiosos com uma bolinha verde no meio do Piauí, enquanto olhávamos o mapa.
Pesquisamos um pouquinho e logo começamos a rumar sentido São Raimundo Nonato, sem ter a ideia de que tudo isso nos esperava. Com certeza valeu a pena! Tudo o que se vê e que se toca e as histórias das plantas, dos animais e de tudo que nos cercava enquanto andamos pelo parque é fascinante, principalmente porque Waltércio foi nos envolvendo com o ambiente a cada metro percorrido.














Visita concluída, imensamente gratos ao Waltércio e Stallone que nos proporcionaram realizar um sonho.

Voltamos ao restaurante pegamos o chorão do Meleca, de volta à cidade extasiados!

Já tínhamos o dinheiro da gasolina para a próxima parte da viagem, já que a venda dos brigadeiros deu super certo na cidade.

Foi uma cidade marcante para nós, por todas as pessoas que conhecemos, pelas experiências que tivemos e por termos atestado que temos a capacidade sim de planejar e executar um sonho.
Com certeza foi possível com a forcinha da galera que nos incentivou, nos receberam em suas casas, cederam suas camas rsrs e nos alimentaram, aliás muito bem!

Aqui cabe um adendo hahah, ficamos na casa da Jéssica e comentamos sobre as tentativas de fazer cuscuz sem a cuscuzeira, eis que ao irmos embora nos presentou com a dita da cuscuzeira \o/.

Partimos de São Raimundo, já cheios de vontade em explorar o novo destino.
Íamos sentido Tocantins, mas a estrada seria longa, já haviam nos avisado que as estradas não estavam em boas condições, mas arriscaríamos.


Pelo caminho, era certo que apesar de muito bonito, cansa um bucado. Era hora de descansar e paramos na cidade de Canto do Buriti, procuramos aquela sombrinha e escolhemos um posto de gasolina.

Fizemos um almoço rapidinho, esticamos a rede e soneca, na esperança do Sol baixar um pouco e continuarmos viagem.

Já descansados levantamos acampamento e rumamos para Colônia do Gurguéia, onde passaríamos a noite.

Chegando a cidade, uma surpresa era dia de festejo e uma ótima oportunidade para vendermos os brigadeiros, estacionamos na praça da igreja e por ali mesmo preparamos os brigadeiros, Vini saiu na missão de vender e logo já retornou com todos os brigadeiros vendidos. Ufa!

O festejo continuaria nos outros dias e decidimos ficar mais uma noite pela cidade para aproveitar a oportunidade. Assim, fomos atrás de um lugar para passarmos a noite.

Encontramos um posto de gasolina, bem próximo do centro que apesar de não funcionar 24hrs, tinha segurança, banheiro e água. Gertrudes estacionada, ajeitamos a cama e sono merecido.

Acordamos um pouco mais tarde, até porque a Gertrudes ficou estacionada na sombra pro nosso alivio.

Em seguida preparamos os brigadeiros, pois no espaço do festejo teria uma vaquejada próximo do horário do almoço e aproveitaríamos o fluxo de pessoas.
Chegamos na festa e a tal vaquejada já tinha acabado, não tinha mais um pé de gente na rua rs.
Fomos no mercado comprar algumas coisas pro almoço e optamos em procurarmos outro posto para cozinharmos e na entrada a uns 10 kms tinha um outro. Fomos até lá e na parte de trás 2 mangueiras enormeeees milimetricamente calculadas para uma sombra perfeita.
Água, sombra, banheiro...lindo!

 Sem pressa, cozinhamos, almoçamos e claro esticamos a rede numa tarde propicia para uma soneca e com um por do sol encantador, antes de voltarmos ao festejo.




Descansados e com brigadeiros em mãos, lá vamos nós...abordando mesa por mesa, contando nossa história 1,2, 5, 10 vezes. Um compra porque gosta, outro porque quer ajudar, outro não gosta, mas quer ajudar, outro quer ajudar e compra para todo mundo...enfim, todos vendidos! 

Sem dúvidas esse converse com o pessoal enche o coração de esperança de que vamos encontrar só pessoas de bem por todo o caminho.


Voltamos ao primeiro posto, ajeitamos a Gertrudes e enquanto isso o Meleca causava com o caminhoneiro vizinho, e esse que por sua vez já estava aperreado com o moço do outro lado do telefone que insistia em dizer que o caminho que ele havia orientado o caminhoneiro a seguir era muito bom. 

Não era não, é uma rodovia beeeem perigosa por sinal. Não tem acostamento, os carros e caminhões passam um lambendo o retrovisor do outro, fora a quantidade absurda de buracos.

O caminhoneiro nos contou que quase chegando a cidade um dos seus pneus estourou nessa rodovia, e imaginamos o perrengue que ele deve ter passado e que felizmente nada de pior aconteceu.

Logo, se você trabalha com logística e seu motorista diz que a estrada é ruim, acredite e não confie em google maps.


Bom, prosa em dia, janta e dimdim pra gasolina já era hora de dormir.

Acordamos cedo preparamos o café e já pegamos estrada tentando fugir do sol que frita a gente no caminho.

Nessas conversas que vão acontecendo pelo caminho, haviam indicado que conhecêssemos o poço violeta que ficava no meio do caminho e saímos procurando esse lugar. 

Pelo caminho, encontramos a placa de indicação e lá vamos nós!

O Poço fica dentro de uma propriedade privada, entramos e conversamos a respeito, o rapaz que nos atendeu informou que o poço tem horários específicos para ficar aberto e para abertura fora desse horário é cobrada uma taxa de 5$, Vini conversou com o moço que se prontificou a abrir o poço.

E em coisa de segundos, um jorro d’água de uns 10mts de altura, inexplicável aquela visão em meio ao sertão.




Pelo que nos contaram e que lemos a respeito, o poço foi descoberto por acaso. Pois, na região estavam à procura de petróleo e eis que surge água.
Há anos atrás o poço jorrava a alturas bem superiores e não tinha um registro, podia-se ver da estrada.

Aproveitamos um cadinho da água e logo voltamos a missão da estrada e seguíamos sentido Bom Jesus. 

No caminho passamos por Cristino Castro, cidade bem estranha rs, com várias casas abandonadas, um matagal subindo pelas paredes, outras a venda e outras para alugar. Ainda bem que passamos de dia, vai que a noite é assombrada hahah.


Enfim, chegamos em Bom Jesus num posto de gasolina super estruturado, paramos numa sombrinha e começamos a cozinhar, Meleca começou a causar horrores hahaha. Esse posto tem um movimento grande caminhoneiros e inclusive uma família ficou observando a gente por um tempo, até que finalmente a moça se aproximou e pediu uma foto, bonitinha!

Vini aproveitou a parada e foi dar uma bisbilhotada no carburador, graxa pra todo lado. 
Enquanto isso, as pessoas que passavam sempre solicitas e perguntando se precisávamos de algo, ou se a Kombi estava quebrada. Agradecemos.

Logo depois, um rapaz nos parou perguntou um pouco e comentou que também é paulista e que hoje mora na cidade com o pai e que ambos têm uma oficina elétrica no fundo do posto. Conversa vai, conversa vem se ofereceu para nos trazer um café na manhã seguinte, claro que aceitamos rs.


Pós conversa, bateu aquela vontade grande de mordermos uma carne hahah, talvez pelo cheiro bão que vinha da churrascaria ao lado. Fomos a cidade com umas moedas na mão, Vini entra no açougue e diz pro moço: Tenho essas moedas aqui, o que o senhor pode me vender? Hahaha....o moço muito generoso deu uns bons bifes. Retornamos pro posto fizemos aquela janta e não durou 30 segundos .

Bom, estávamos num posto e não tinha muito o que fazer, era hora de atualizamos o blog, mas sem internet. 
Talvez tomando uma cerveja na churrascaria eles nos deem a senha, pense que sacrifício que foi tomar essa cerveja?!

Senha e computador em mãos, lá vai o Vini pra missão de atualizar o blog, claro que isso se estendeu por todas as horas da noite, internet lenta, muito lenta, já no início da madrugada missão cumprida.

Já amanhecendo e nós claro preparados pro café da manhã sugerido pelo amigo eletricista que nunca chegou. Pois é, ainda tem disso na estrada...kkk.

Bom, horas mais tarde o mesmo moço aparece e diz pra gente não ir embora que ele estava agilizando um churrasco...churrasco? São 9 da manhã! Sim um churrasco.

Tá bom, a gente espera e em plena 10h estávamos num churrasco, com os funcionários do posto, o eletricista e um outro caminhoneiro que passava. 

De barriga cheia, bora pra estrada com pretensão de chegarmos até Monte Alegre do Piauí, mas não imaginávamos que tinha tanto chão pela frente.


Imaginando que estivéssemos perdidos, paramos em um bar para nos orientarmos e, sim estávamos no caminho certo, era longe mesmo de uma cidade para outra.

Enfim chegamos na dita cidade, e não encontramos bons lugares para estacionar, exceto um posto de gasolina sem sombra, mas como o sol já estava indo embora optamos em parar por ali mesmo.



Estacionamos naquela areia vermelha, tão fina que até parecia talco e íamos cozinhar hahaha a cada carro que chegava aquela poeira subia. Mas, a fome falou mais alto, preparamos algo rápido e enquanto isso soubemos que na praça da cidade estava acontecendo um festejo. Bora vender brigadeiros!

Chegamos na praça e estava lotada, quiosques, brinquedos e missa disputavam o mesmo espaço, VIni iniciou sua missão de abordar mesa por mesa.
Van ficou com o Meleca que estava alucinado com tanta gente e os fogos que não paravam, algumas pessoas não entendiam porque o cão late tanto (porque é um cão?). E para melhorar estava demorando mais do que o normal a venda. Pouco mais de uma hora depois, Vini finalizou todos.

Voltamos a Kombi e pensamos e agora vamos ter que dormir no posto da areia vermelha ou arriscar ir até a próxima cidade Gilbués a noite?
Conversamos com algumas pessoas que comentaram que estávamos próximos e que a estrada era boa e que também poderíamos usar o caixa eletrônico.


Realmente a estrada era boa e bem iluminada, procuramos um posto de gasolina e no primeiro indicaram que não funcionava 24 hrs, indicaram outro, fomos até o outro e também informou que não funcionava 24 hrs, mas que teria segurança a noite toda e que poderíamos usar o banheiro para uma ducha. E como já estava tarde optamos em ficar por ali mesmo.
Um posto de gasolina bem pequeno, mal tinha espaço para estacionarmos, mas era bem ajeitadinho e o banheiro limpinho.

Naquela preguiça de cozinhar, Vini foi comer um lanche numa barraca e aí que caímos na realidade de que era mais fácil ter perdido a preguiça, como as coisas estão caras!


Já logo arrumamos a cama e dormimos, na manhã seguinte precisávamos de um caixa do bradesco e começou nossa peregrinação.
Indicaram que seria na avenida principal e ao chegarmos lá era um posto bancário...ou seja, teríamos problema. 

A Van havia perdido o cartão e só conseguiria sacar em um caixa eletrônico com a biometria.

Andamos mais um pouco e nos indicaram um caixa eletrônico na próxima cidade, a essa altura já estávamos sem nada, porque toda a venda dos brigadeiros foi para o combustível.
Seguimos sentido Corrente, a próxima cidade grande no caminho. Muita estrada e sol depois, finalmente chegamos.

Uma baita cidade mesmo, a princípio estacionaríamos por ali para fazermos o almoço e esperar o sol diminuir e seguirmos viagem para a próxima cidade.

Paramos e já procuramos o caixa eletrônico, ufa encontramos! Já estávamos ficando bem tensos, porque teríamos que abastecer nessa cidade ou ficar pela estrada.
Ao chegarmos no caixa, sem dinheiro. Como assim sem dinheiro? Uma moça que chegava comentou que isso sempre ocorre aos finais de semana e que só abastecem a máquina na segunda.
Nossos problemas aumentaram, sem gasolina e sem um tostão no bolso. E agora José?
 
Pensamos e pensamos o que poderíamos fazer. Quem sabe trocar trabalho por gasolina, ou arrumar algum bico, porque nem o dimdim do leite condensado para fazer brigadeiro nós tínhamos.

Bom, fomos ao posto de gasolina explicamos o que estava acontecendo e no primeiro posto o dono não estava e no segundo um senhor muito simpático, frentista do posto nos orientou a ir até um terceiro posto e procurar pelo dono que com certeza nos ajudaria ou indicaria uma forma de sair dessa enrascada.

Lá vamos nós atrás do moço, chegamos a um posto grande e as margens da rodovia. Procuramos o dono e encontramos o gerente, situação esclarecida, eis que nos sugeriu uma solução: vão até o caixa me façam uma transferência e eu os convido para um almoço por minha conta.
Lá vamos no caixa eletrônico imaginando mil e um problemas, do tipo que não daria certo a transferência sem o cartão, etc.
O Universo conspirou a favor e deu certo, voltamos ao posto, abastecemos a Gertrudes e aguardávamos pelo almoço, claro!

Comemos, mas comemos tão bem que quem via até pensava que já passamos fome hahah.

Bom, mas era hora de retomar a estrada depois de toda tensão que passamos. Mas, antes agradecer ao bom moço que nos facilitou a vida.

Trocamos histórias, ele nos deixou inúmeras orientações sobre o Jalapão, como a estrada para a próxima cidade era horrível (Coaceral), mas que lá conseguiríamos resolver problemas com o banco. Agradecidos, seguimos.

Bom, a princípio uma boa estrada, mas foi só virarmos a direita que começou um caos. Cada cratera na pista que cabia um carro e nas placas várias pichações indicando o descaso com a cidade a frente.
Depois de muitos quilômetros sem nada no horizonte ou aos lados, avistamos uma fábrica da Bunge e ao lado um posto de gasolina escrito Coaceral, Vini arriscou dizer que já estávamos em Coaceral, Van duvidava pois acreditava na indicação de que Coaceral era uma cidade grande.




Estacionamos e ao conversarmos no posto de gasolina, sim estávamos na cidade e sim aquilo era toda a cidade, não há energia elétrica, a energia que tem é de um gerador que funciona a diesel e é desligado as 22h, não há caixa eletrônico, supermercado, farmácia ou qualquer coisa do tipo.

Resumindo a cidade, é um posto de gasolina ao lado de uma grande empresa e fica num entroncamento que dá acesso a inúmeras fazendas, ou seja, a rodovia acaba ali. Se você seguir vai andar por dentro de fazendas.

Não, a ficha não tinha caído, mas e a conversa do moço lá atrás dizendo que Coaceral era uma cidade? Pegadinha.

Acalmamos os ânimos, procuramos banheiro e tínhamos. Olhamos em volta e mal se enxergava algo de tanta poeira.


O que faríamos? Não tinha sinal de celular, não tinha internet, não tinha gasolina, não tinha dinheiro e não tinha onde procurarmos trabalho.

Bom, por enquanto é isso no próximo a gente conta como desenrolou tudo isso.

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