Será.... Ceará!

Falei que nem iriamos demorar..... cá estamos nós de novo! \o/

E lá no Ceará... 

Nossa próxima cidade seria o Crato no Ceará, cidade que fazia parte da Chapada do Araripe, subimos a serra e eis que na estrada nos deparamos com a entrada da Floresta do Araripe. Buscamos alguma informação com um segurança que estava por lá, ele nos falou que teríamos que ir até o ICMBio para buscar uma autorização de acesso, e lá fomos nós.

Pela estrada e dentro da cidade há diversas placas indicando os atrativos do GeoParque, logo nos animamos, fomos até a sede do ICMBio tentar a tal autorização, chegando lá, a Diretora do parque nos recebeu e nos informou que a entrada só era autorizada com a presença de um guia... então, nosso dinheiro é curto né... explicamos a situação pra ela e eis que ela mesma de prontificou a nos mostrar e falar um pouco sobre a floresta, só que, como era sexta-feira, a visita só rolaria após o final de semana, na segunda-feira.

Ok. Aguardamos então!

Enquanto isso, tivemos que fazer algo pra levantar um dinheirinho, pra manter as despesas até segunda. Buscamos algumas informações com contatos e zas! Juazeiro do Norte foi a indicação para venda dos brigadeiros.

No meio do caminho, um carro buzinava, acenava e nos parou. E agora? Um rapaz veio ao nosso encontro e disse “Nossa! Sou fã de vocês!”

Falou que nos seguia na página no Facebook e que acompanhava o Blog fervorosamente, ficamos muito agradecidos, conversamos mais um tanto e buscamos mais informações sobre as vendas e Juazeiro do Norte era a chave mais uma vez.

Juazeiro do Norte e o Crato são cidades bem próximas, algo em torno de 10 km uma da outra, chegamos a um posto em Juazeiro do Norte, preparamos a janta e os brigadeiros e seguimos pro local que nos indicaram. Que decepção! A praça estava vazia e só era “povoada” pelo movimento de alguns bares na proximidade. Buscamos informação com um rapaz que vendia por ali também, e nos indicou a praça do Crato. Oh céus!

No dia seguinte, partimos em busca de alguns atrativos da cidade e um lugar em que poderíamos ter uma noite melhor. Na igreja matriz da cidade, buscamos uma água gelada e fomos informados de um centro de apoio aos romeiros, local onde poderíamos arrumar um bom banho e até um almoço. Chegando no local fomos informados por um morador de rua que ali dariam apoio pra gente.... é, não estávamos tão necessitados assim (rs).

Fomos ao monumento ao Padre Cícero, local onde diversas peregrinações do Nordeste e do Brasil inteiro iam fazer suas preces e pagar promessas.

No local, diversas igrejas, atrativos da Chapada e um caminho percorrido por padre Cícero em uma de suas peregrinações. E claro, Vini partiu pra checar.

No caminho algumas formações geológicas, capelas, túmulos, tudo bem “macabro” ainda mais pra fazer o caminho sozinho. Van havia ficado com o Meleca na entrada do caminho.

Saindo de lá, ficamos meio sem saber o que faríamos, daí então, resolvemos partir para um dos atrativos que ficava no Crato, a nascente do Batatais. Fomos em busca do local que a princípio, era bem sinalizado, só que não, e como de costume, nos perdemos pela cidade. Primeiro fomos parar em um local que era meio uma represa mais estava seca, mas não era lá. Seguimos então em outra direção, e após umas serras e alguns kms, chegamos ao dito local. Que decepção! Tinha disputa de som que só emitia barulho pra todo lado, o rio era represado em “piscinas”, não era algo natural, não era aquilo que buscávamos, caminhamos um pouco e chegamos a um grande portão com a serra atrás. Fomos embora dali!

Nessa andança Crato x Juazeiro, descobrimos um posto 24 horas no Crato, que sorte, era muito melhor do que o posto anterior. Paramos por lá um pouco para descansar, fizemos os brigadeiros e fomos a praça vender. Em menos de meia hora vendemos tudo. A praça era movimentadíssima e frequentada por uma galera muito boa, conversamos com muita gente.

Cansados, voltamos ao posto, jantamos e caímos no sono.

Na manhã seguinte, buscávamos uma padaria pra comprar um pão, e a surpresa, as padarias fecham no domingo... Cuma? Compramos uma tapioca num mercadinho e voltamos pra Gertrudes pra tomar café.

Perambulamos um pouco pela cidade, fomos em algumas praças, era uma dia de calmaria, não havia tanto movimento.

Final de tarde na praça, uma senhora nos aborda querendo saber um pouco mais de nossa história, contamos e ela nos convidou para uma água gelada na casa de apoio da Igreja. Aceito o convite, fomos até lá!

Chegando na frente da Igreja, o Meleca estava alucinado, latindo pra tudo que se mexia, quando um homem passa do nosso lado e inevitavelmente recebe uns latidos também, o homem inconformado, levanta a camisa e ameaça sacar de um revolver pondo em ameaça o cachorro: “Late pra mim de novo pra ver se não dou um tiro na sua cara!”. Ficamos boquiabertos com a situação.... Como alguém “racional” pode ameaçar um cachorro assim?

Passado o susto, a senhorinha da casa de apoio, além de nos dar uma água geladíssima, ainda nos fez uma tapioca com café. Delícia!

Voltamos a Gertrudes e fizemos os brigadeiros aguardando o aumento do movimento.

Brigadeiros em mãos, borá vender!

Vini deu uma volta na praça, as vendas tinham sido poucas, outra volta e zaz.... Além de vender todos os brigadeiros, ainda recebeu um convite para comermos uma pizza com um casal de Fortaleza.

Convite aceito! Fomos até a pizzaria, chegando lá, o pai do rapaz (Desculpem a memória do nome...rs) “adotou” o Meleca ou melhor “Leleco” enquanto comíamos aquela delícia. Conversa vai, conversa vem, e nos contaram que a menos de um mês estavam reinaugurando a pizzaria que havia funcionado por muito tempo atrás e mexia com a memória dos antigos frequentadores.... Quanta emoção!

Agradecemos imensamente pela refeição e de “bucho” cheio voltamos pro posto pra nossa última noite no Crato, que lugar maravilhoso, as pessoas de lá fazem toda diferença.

Tudo arrumado, cortinas fechadas, borá dormir que tem que acordar cedo!